Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Autoridades detêm antigos dirigentes da Queiroz Galvão no âmbito da Lava Jato

A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-director Othon Zanoide Moraes Filho e o ex-presidente Ildefonso Colares Filho, dois executivos que já haviam sido detidos em Novembro de 2014.

Bloomberg
Negócios 02 de Agosto de 2016 às 13:46
  • ...

As autoridades brasileiras detiveram esta terça-feira, 2 de Agosto, dois empresários ligados ao conglomerado industrial Queiroz Galvão, em mais uma fase da Operação Lava Jato.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, foram emitidos 23 mandados com o objectivo de obter provas adicionais de supostos crimes de organização criminosa, cartel, lavagem de dinheiro e corrupção relacionados com contratos firmados pela Queiroz Galvão com a Petrobras.

Os "alvos" da Polícia Federal são dirigentes e funcionários do conglomerado industrial, que actua em áreas como a construção e o gás, e do consórcio Quip S/A, do qual a Queiroz Galvão era accionista maioritária.

Esta terça-feira, foram presos preventivamente o ex-director Othon Zanoide Moraes Filho e o ex-presidente Ildefonso Colares Filho, dois executivos que já haviam sido detidos em Novembro de 2014 e libertados por decisão da justiça.

Segundo as investigações referidas pela imprensa brasileira, existem indícios de que a Queiroz Galvão formou, com outras empresas, um cartel para fraudar licitações da Petrobras.

De acordo com a Folha de São Paulo, a empresa também terá pago subornos de dez milhões de reais (cerca de 2,7 milhões de euros) a funcionários da estatal brasileira.

É mais um passo na operação anti-corrupção Lava Jato, no âmbito da qual o antigo presidente Lula da Silva foi constituído arguido, na semana passada, sendo "acusado de ter feito parte de um esquema arquitectado para comprar o silêncio de um delator".

O juiz Ricardo Leite aceitou na passada sexta-feira, 29 de Julho, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal brasileiro que acusa Luiz Inácio Lula da Silva de "comandar um esquema para obstruir a operação Lava Jato".

O Ministério Público Federal suspeita que o antigo presidente brasileiro, e outras seis pessoas - entre elas o antigo senador Delcídio Amaral e André Esteves, ex-presidente da BTG Pactual de tentarem comprar "o silêncio de Nestor Cerveró", ex-director da área internacional da Petrobras. 

Lula da Silva reagiu a esta decisão classificando-a de "provocação". "Se o objectivo de tudo isso é tirar-me [da disputa presidencial] de 2018, isso não era necessário, a gente escolheria outro candidato mais qualificado. Mas essa provocação me dá uma coceira", afirmou durante um evento em São Paulo citado pela agência Bloomberg. 

Ver comentários
Saber mais Queiroz Galvão Operação Lava Jato Polícia Federal Brasil justiça
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio