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Álvaro Sobrinho e Manuel Vicente fora das fortunas angolanas em Portugal

A Justiça portuguesa já entregou a Angola um relatório de sete mil páginas que discrimina todas as contas bancárias, bens e participações empresariais de dezenas de cidadãos de Angola, incluindo Isabel dos Santos e dois generais.

Ricardo Castelo/Negócios
26 de Abril de 2021 às 11:12
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Foi em mãos, a um funcionário judicial angolano que se deslocou de propósito a Portugal, que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) entregou uma lista com as fortunas que dezenas de cidadãos deste país africano possuem em Portugal, em cumprimento de um carta rogatória que a Procuradoria Geral da República angolana tinha pedido à justiça portuguesa.

 

A notícia é avançada pelo CM na edição desta segunda-feira, 26 de abril, indicando que este relatório tem mais de sete mil páginas e detalha todos os bens no país, incluindo contas bancárias, aplicações financeiras em fundos de investimento, ações de várias empresas cotadas e não cotadas, imóveis e participações sociais.

 

Desta lista constam Tchizé, Zenu e Isabel dos Santos (filhos de ex-presidente José Eduardo dos Santos); os generais "Kopelipa" (antigo chefe da Casa Militar) e "Dino" (ex-líder das secretas angolanas); e o ex-procurador-geral, João Maria de Sousa. De fora ficaram Manuel Vicente, que foi número dois no Executivo e liderou a Sonangol, e ainda Álvaro Sobrinho (Holdimo), ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA).

 

Com o objetivo de identificar bens que tenham sido adquiridos abusivamente com dinheiro público, além de Portugal, o Estado angolano pediu ainda a colaboração das autoridades em outras nove jurisdições: Suíça, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Singapura, Bermudas, Emirados Árabes Unidos, Maurícias e Mónaco
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