O ministro das Finanças afasta um aumento do IVA, apesar de admitir uma subida dos impostos indirectos, o grupo de impostos onde se insere o IVA.

Questionado sobre se a intenção do Governo é aumentar em 2017 os mesmos impostos que foram agravados este ano, Mário Centeno afirmou que no quadro dos acordos parlamentares "há um conjunto de impostos que não são alterados, por exemplo quando falamos do IVA, mas o Governo procurará uma recomposição da carga fiscal. Em 2017, há uma redução da carga fiscal".

As declarações do ministro aos jornalistas foram feitas à saída da reunião da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, onde Mário Centeno esteve a responder a questões sobre vários assuntos.

Aos deputados, o ministro garantiu que a carga fiscal vai baixar em 2017, mas deixou a porta aberta a um aumento de impostos indirectos, numa repetição da estratégia aplicada no Orçamento deste ano.

Em 2016, apesar de ter havido um aumento dos impostos especiais sobre o consumo, o Governo desceu o IVA na restauração, cuja taxa passou de 23% para 13%.