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Itália sobe o IVA em plena crise política

A subida do IVA está prevista para esta terça-feira, em Itália, em plena crise política provocada pela retirada do apoio do partido de Berlusconi ao governo e antes da moção de confiança que o primeiro-ministro Enrico Letta pediu ao parlamento.

Bloomberg
01 de Outubro de 2013 às 09:19
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Itália sobe o imposto sobre valor acrescentado (IVA) esta terça-feira de 21% para 22%, conforme está previsto desde dia 26 de Junho, data em que a subida foi adiada para depois do Verão devido ao ambiente de instabilidade política que o governo de centro direita vivia na altura.

 

A entrada em vigor da subida do imposto ficou assim marcada para dia 1 de Outubro. Contudo, a entrada em vigor da nova taxa de imposto acabou por ocorrer num dia em que a crise política dificilmente poderia ser mais aguda.

 

No passado sábado, os cinco ministros do executivo liderado por Enrico Letta (na foto) que pertencem ao partido de Sílvio Berlusconi (“Popolo della Libertà”) abandonaram o governo e retiraram o apoio à coligação que apoia o primeiro-ministro. Letta procura agora reunir o apoio de 24 deputados para vencer uma moção de confiança que será votada amanhã, dia 2 de Outubro,e que o próprio convocou a pedido do presidente da República do país, Giorgio Napolitano, numa tentativa de evitar a eleições antecipadas.

 

Perante a eventual queda do governo italiano, o secretário de Estado das Finanças de Itália Steffano Fassina deu uma entrevista à Bloomberg onde disse que o país irá aprovar um orçamento para 2014 e cumprir os objectivos orçamentais deste ano. A meta de manter um défice orçamental inferior a 3% em 2013 será cumprida, assegurou.

 

A KPMG deu conta do adiamento da data de entrada em vigor do novo regime do IVA, no dia 27 de Junho, para esta terça-feira. Esta data também poderia voltar a ser adiada por três meses, para 1 de Janeiro de 2014, refere a consultora fiscal. Estes adiamentos estão a ser financiados por aumentos dos pagamentos estimados dos impostos sobre rendimentos colectivos (IRC) e singulares (IRS), explica no seu “site”. 

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