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Crise política assola Itália

Berlusconi reuniu-se com os membros do PdL e garantiu a união do partido em torno das suas decisões. Questionado sobre Letta: “É uma experiência que terminou”, rematou.

Charles Platiau/Reuters
30 de Setembro de 2013 às 20:23
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Da reunião realizada, esta segunda-feira à tarde, no palácio “Grazioli”, entre Silvio Berlusconi, antigo primeiro-ministro, e os principais responsáveis do PdL, resultou a garantia de que todos continuam unidos à volta do seu líder – o “Cavaliere”.

 

Depois de garantir que “a roupa suja se lava entre a família”, Berlusconi revelou que a demissão dos cinco ministros do PdL, que completavam o governo de grande coligação, foi da sua total responsabilidade. “Decidi sozinho”, garantiu.

 

Apesar de garantir que a experiência governativa ao lado de Enrico Letta, primeiro-ministro, está definitivamente terminada, Berlusconi não exclui a possibilidade de o PdL aprovar algumas medidas de cariz económico, como a aprovação do novo decreto sobre o IVA ou a abolição da segunda taxa do Imposto sobre a Habitação (Imu). Mas estas garantias assentam claramente numa lógica impositiva da agenda do PdL.

 

Adensa-se assim novamente o clima político de tensão em Itália. Letta vai ao Senado na próxima quarta-feira de manhã e nesse dia, durante a tarde, apresentará uma moção de confiança no Parlamento. Esta decisão, concertada com o Presidente da República, Giorgio Napolitano, pretende avaliar se existem condições mínimas de estabilidade para prosseguir com a governação de um executivo do PD de Letta.

 

No entanto as reformas estruturais pedidas ao Governo italiano exigem uma forte e coesa base de apoio no Senado, onde é o PdL quem detém maioria. Mesmo que a moção de confiança seja aprovada no Parlamento, as políticas mais difíceis e polémicas terão sempre de passar pela aprovação de Berlusconi, e do seu PdL, no Senado, o que poderá deixar Letta nas mãos do “Cavaliere”.

 

Se Enrico Letta já avisou que não irá “governar a qualquer preço”, por outro lado Napolitano afirma acreditar que será alcançado um “entendimento” que garanta a estabilidade necessária. Entre o optimismo providencial de Napolitano e a realidade imposta por Berlusconi, só deverá surgir um cenário.

 

Enquanto Berlusconi é alvo de críticas do jornal afecto à Cúria, o “Osservatore Romano”, que crítica a “irresponsabilidade” do PdL, a recém-eleita Angela Merkel limita-se a pedir que seja garantida “estabilidade necessária”.

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