O ex-seleccionador nacional, Luíz Felipe Scolari, integra o segundo escalão mais elevado no que toca ao montante (entre 250 mil euros e um milhão de euros) da lista de devedores ao Fisco. O actual director-geral do futebol profissional do Sporting tem uma dívida menor (entre 100 mil e 250 mil euros), tendo garantido ao "Correio da Manhã" que se trata de uma "dívida antiga, que está a ser paga mensalmente".

Além de Scolari, que abandonou o comando técnico da selecção brasileira depois do Mundial de 2014, também os seus adjuntos na federação portuguesa constam da listagem actualizada pelo Fisco na passada sexta-feira, 14 de Novembro. Flávio Teixeira "Murtosa" e Darlan Schneider têm impostos em falta no intervalo entre 100 mil e 250 mil euros.

Este é apenas mais um capítulo dos problemas de Scolari com as Finanças. Depois de ter sido penhorado em 2011 por alegadamente não ter pago os impostos relativos a rendimentos obtidos em Portugal em 2008 (ano em que treinou o Chelsea, de Inglaterra), já este ano foi constituído arguido num processo em que é suspeito de não ter declarado rendimentos relativos aos direitos de imagem, que entre 2003 e 2008 ascenderam a 7,4 milhões de euros.

A publicitação das listas dos devedores à administração fiscal foi uma medida aprovada no Orçamento de Estado para 2006. Dividida em seis escalões para os contribuintes singulares e colectivos, inclui os casos em que, por "ter terminado o prazo de pagamento voluntário sem terem cumprido as suas obrigações e, no prazo e termos legais, não tenham prestado garantia ou requerido a sua dispensa, não têm a sua situação tributária regularizada".