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Rocha Andrade: "Baixar o IRS em 600 milhões de euros implica cortes na despesa"  

Não há descidas de impostos grátis. Se PCP e Bloco de Esquerda apresentarem propostas para o IRS que vão além dos 200 milhões de euros que o Governo tem guardados, isso "vai ter consequências noutras áreas do orçamento nomeadamente na despesa".  

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O Governo quer continuar a aliviar o IRS das famílias no próximo ano, em particular a quem está nos patamares médios e baixos. O objectivo pode ser conseguido de várias formas, desde mexer nas deduções à colecta até ajustar os escalões de IRS. Uma coisa contudo não varia: o Governo só está disposto a abrir mão de 200 milhões de euros, pelo menos de forma directa.

 

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais secunda o que tem sido dito pelo seu ministro das Finanças. Não há mais folga. O Governo admite ir mais longe do que os 200 milhões de euros, mas, nesse caso, os parceiros têm de aceitar sacrificar outras áreas que permitam recuperar tudo quanto exceda este patamar. Nomeadamente aceitar menos despesa noutros sectores.

 

Em defesa da cautela orçamental, o governante lembra que o IRS já tem vindo a descer. Mais concretamente, de que o Governo tomou posse, em 1,3 mil milhões de euros, via sobretaxa e outras medidas.

A entrevista da íntegra pode ser lida este domingo no site do Negócios e amanhã na edição impressa. E ouvida amanhã na Antena1. 

 

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