Notícia
Portugal foi o 10.º país da Zona Euro onde a carga fiscal mas caiu
A carga fiscal em Portugal desceu duas décimas no ano passado, para 36,8%, afastando-se ligeiramente da média da Zona Euro onde o peso dos impostos e das contribuições para a Segurança Social estabilizou em 41,6% do PIB.
Os impostos e contribuições para a Segurança Social representaram 36,8% do PIB de Portugal no ano passado, uma redução de duas décimas face ao nível registado em 2018 (37%), de acordo com os dados revelados esta quinta-feira pelo Eurostat.
Portugal foi assim um dos 13 países da União Europeia onde a carga fiscal baixou em 2019, tendo registado a 10.ª descida mais forte. A Bélgica, Grécia, Suécia e França foram os países onde o peso dos impostos na economia mais aliviou. Em sentido inverso, Chipre, Dinamarca e Itália foram os países da UE onde mais aumentou.
No conjunto da União Europeia a carga fiscal desceu uma décima para 41,1%, enquanto na Zona Euro permaneceu estável em 41,6%, o que representa o nível mais elevado desde que o Eurostat recolhe estes dados em 1995.
Portugal já registava uma carga fiscal inferior à média da Zona Euro, sendo que em 2019 a diferença alargou-se para 4,8 pontos percentuais. Em 2018 estava nos 4,6 pontos.
A carga fiscal em Portugal desceu em 2019 depois de no ano anterior ter igualado o recorde de 37% alcançado em 2015.
O INE, que tem um método de cálculo diferente do gabinete de estatística da Comissão Europeia, contabilizou a carga fiscal de 2019 em 34,7% do PIB, o que representa um máximo histórico.
No Orçamento do Estado de 2021 o Governo estima a que carga fiscal, este ano, deverá regressar aos níveis que se registavam antes do "enorme aumento" de impostos de Vítor Gaspar em 2013. Por causa da pandemia, o Governo estima que, este ano, as administrações públicas consigam arrecadar 33,9% do PIB em impostos e contribuições para a Segurança Social. Para 2021 é estimada uma manutenção nestes níveis.