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Juros de crédito das habitações podem voltar a entrar no IRS

Deduções estavam congeladas para contratos posteriores a 2011 mas, para ajudar as famílias a fazer face às subidas das taxas de juro, isso poderá mudar.

Há cerca de cinco milhões de pessoas que vivem em imóveis em propriedade horizontal e um número indeterminado de empresas de gestão de condomínios.
09 de Setembro de 2022 às 08:55
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É uma das iniciativas que o Governo pode tomar para ajudar as famílias portuguesas a fazer face à subida das taxas de juro nos créditos à habitação. Depois de o ministro das Infraestruturas e da Habitação ter garantido estar a acompanhar e a estudar "medidas dentro das possibilidades do país" para apoiar os proprietários com crédito bancário, o CM desta sexta-feira avança que uma das propostas em cima da mesa poderá ser o alargamento da dedução destes juros em sede de IRS.

Segundo o jornal, a dedução fiscal dos juros do crédito à habitação já existe para casas compradas até 2011. No entanto, com a troika, o Governo de Passos Coelho travou os descontos para contratos posteriores, enquanto as despesas com habitação foram reduzidas de 30% para 15% do seu valor.  
 

Agora, numa altura em que milhares de famílias portuguesas começam a sentir os efeitos dos aumentos exponenciais das taxas de juro, a dedução pode ser alargada para todos os contratos celebrados depois de 2012: um universo considerável, a avaliar pelos de cerca de 663 mil novos contratos de crédito para a compra de casa celebrados desde então. De acordo com o CM, esta possibilidade é encarada no seio do Governo como uma boa solução, caso venha a ser necessário.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um aumento das três taxas de juro de referência na Zona Euro em 75 pontos-base; afiançando que irá manter esta estratégia para travar a escalada da inflação.

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