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Joaquim Miranda Sarmento: Desdobramento dos escalões de IRS tem "um impacto marginal"
O homem forte do PSD para as contas públicas critica a dualidade de discurso do Governo em relação ao IRS. Se por um lado acena com o desdobramento de escalões, que terá um "impacto marginal" nas famílias, por outro vai aumentar a carga fiscal com o englobamento, avisa Joaquim Miranda Sarmento.
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O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD avisa que o desdobramento dos escalões de IRS anunciado pelo Governo terá um "impacto marginal" para as famílias e que será anulado pelo englobamento obrigatório.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Joaquim Miranda Sarmento afirma que o Governo tem tido uma "dualidade de discursos" em relação ao IRS.
No entanto, o PS já veio admitir que apenas os rendimentos das mais-valias especulativas serão englobados obrigatoriamente no IRS. Mas para Joaquim Miranda Sarmento "muito provavelmente qualquer formulação que venha [no OE] será criticada pelo PSD porque isso vai fazer aumentar a carga fiscal de IRS".
Além disso, apontou, "qualquer englobamento é prejudicial aos níveis de poupança".
O economista ainda admitiu que o englobamento "tenha propósitos muito benignos ou muito positivos", mas alertou que o resultado da medida é o agravamento da tributação da "classe média e média alta que já está asfixiada por uma carga fiscal, panóplia de impostos, taxas e taxinhas, que torna extremamente difícil poupar e nalguns casos até conseguir pagar as despesas".
Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Joaquim Miranda Sarmento afirma que o Governo tem tido uma "dualidade de discursos" em relação ao IRS.
"Antes das eleições autárquicas o Governo fez uma festa com o desdobramento dos escalões, sabendo nós que há 200 milhões de euros no máximo para esse desdobramento de escalões", lembrou o homem forte do PSD para as contas Públicas. Mas, apontou, esse montante "é muito pouco, é 1,5% da receita de IRS em 2019".
No entanto, o PS já veio admitir que apenas os rendimentos das mais-valias especulativas serão englobados obrigatoriamente no IRS. Mas para Joaquim Miranda Sarmento "muito provavelmente qualquer formulação que venha [no OE] será criticada pelo PSD porque isso vai fazer aumentar a carga fiscal de IRS".
Além disso, apontou, "qualquer englobamento é prejudicial aos níveis de poupança".
O economista ainda admitiu que o englobamento "tenha propósitos muito benignos ou muito positivos", mas alertou que o resultado da medida é o agravamento da tributação da "classe média e média alta que já está asfixiada por uma carga fiscal, panóplia de impostos, taxas e taxinhas, que torna extremamente difícil poupar e nalguns casos até conseguir pagar as despesas".