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Inspecção-Geral das Finanças abre inquérito a funcionária envolvida no Swissleaks

A Inspecção-Geral das Finanças anuncia, em comunicado, a abertura de um inquérito à funcionária da entidade que, segundo investigação da TVI, teria cerca de 2,5 milhões de dólares no HSBC.

Negócios 13 de Março de 2015 às 13:16
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A Inspecção-Geral das Finanças anunciou esta sexta-feira, 13 de Março, a abertura de um inquérito "por uma entidade externa e independente" à funcionária que, segundo avançou a TVI, integra a lista de portugueses que em 2006/2007 tinham contas no HSBC, na Suíça.

 

"No Jornal das 8 da TVI foi noticiado que funcionária da IGF integra a lista designada "Swissleaks". Esclarece-se que a funcionária mencionada não exerce cargo dirigente nem funções no domínio do controlo tributário", lê-se no comunicado da Inspecção-Geral Das Finanças emitido esta sexta-feira.

E acrescenta: "O facto noticiado, apesar de se tratar de um assunto do foro familiar sem relação com a sua actividade profissional, logo que foi conhecido pela direcção da IGF determinou, de imediato, a decisão de abertura de inquérito, a instruir por entidade externa e independente".

 

A abertura do inquérito surge na sequência de uma investigação da TVI, divulgada esta quinta-feira, que expôs o caso de uma chefe de serviços da Inspecção-Geral das Finanças (IGF) que figura entre os portugueses com contas no HSBC na Suíça em 2006/2007.

 

A funcionária da IGF dá pelo nome de Filomena Martinho Bacelar e durante vários anos terá desempenhado vários cargos de responsabilidade em empresas públicas, diz a TVI, que enumera os casos do Metro do Porto, Ana, Transtejo, ParquExpo, Doca Pescas ou o Hospital Distrital Santarém como outros locais por onde terá passado.

 

Filomena Bacelar deteria ao todo, juntamente com mais dois parentes, cerca de 2,5 milhões de dólares no HSBC. Este dinheiro conduziu a TVI a duas sociedades off-shore, uma das quais com sede nas Amoreiras, e que será gerida pela advogada Ana Bruno, cujo escritório já terá sido alvo de buscas no âmbito das investigações no caso Montebranco, diz o canal de televisão.

 

Ainda segundo a TVI, o único órgão de comunicação social português que tem um jornalista que integra o Consórcio Internacional de Jornalistas, a lista tem 611 nomes, mas nem todos têm nacionalidade portuguesa ou são identificáveis.

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