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Governo atribui subida nas prescrições de impostos a insolvências de empresas com a crise

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais desvaloriza subida das dívidas fiscais que o Estado deixou por cobrar no ano passado.

Miguel Baltazar
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O Executivo desvalorizou esta quarta-feira, 5 de Julho, a subida no valor dos impostos em dívida que prescreveram no ano passado, considerando que o montante é "normal" relativamente ao total de impostos em dívida e antecipando que esta tendência se mantenha nos próximos anos.

"As dívidas que prescreveram são todas anteriores a 2008", disse o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, no Parlamento, acrescentando que ainda na semana passada prescreveu uma dívida dos anos 60 do século passado.

O governante respondia a uma questão colocada pelo CDS na sequência da notícia avançada pelo Negócios que dá conta que o Fisco deixou de cobrar 306 milhões de euros em impostos no ano passado, o dobro do que ocorreu em 2015.

Rocha Andrade explicou que considera "normal" o valor de dívidas fiscais que prescreveu tendo em conta a carteira de dívidas, que ronda os 4.000 milhões de euros.

O secretário de Estado sinalizou ainda que esta tendência deverá manter-se nos próximos anos, já que "se olharmos para o número de insolvências de empresas depois da crise [que diminuem a capacidade de fazer face a compromissos] acho normal que em 2016 e nos próximos anos haja prescrições". 
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