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Espanha recupera 1.110 milhões de euros escondidos no estrangeiro

Num ano, as autoridades receberam 2.899 declarações de bens que estavam na Suíça, Andorra e Liechtenstein relativas a 2012, informa o "El Mundo". As Finanças lançaram também uma ofensiva contra abusos fiscais no futebol.

Negócios 17 de Novembro de 2014 às 11:50
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A crescente pressão policial e da autoridade tributária espanhola, os acordos internacionais e também escândalos recentes, como o de branqueamento de capitais que envolveu o ex-presidente da Catalunha, Jordi Pujol, estão a aumentar as novas regularizações fiscais em Espanha. Segundo noticia esta segunda-feira, 17 de Novembro, o jornal "El Mundo", só desde o Verão de 2013, o Ministério das Finanças recebeu novas declarações surpresa de bens no exterior no valor de 1.165 milhões de euros.

 

Só neste período, revelam os dados oficiais, houve 2.899 declarações de bens no exterior, fora do prazo, relativas ao exercício de 2012. Estes dados são referentes a pessoas que não aproveitaram a chamada "amnistia fiscal" de 2012 (esteve em vigor até 30 de Novembro desse ano), mas que acabaram entretanto por declarar estes valores que estavam na Suiça, Andorra e Liechtenstein. As autoridades de Madrid sublinham que estes dados são apenas referentes àquele ano, faltando ainda a análise relativa aos rendimentos de 2013.

 

Também esta segunda-feira, o "El País" avançou que o futebol do outro lado da fronteira está "debaixo da lupa" das Finanças, com a agência tributária a lançar nos últimos meses uma ofensiva contra as práticas fiscais abusivas envolvendo jogadores da modalidade. Em causa estão mudanças na interpretação sobre operações fiscais, o que envolve alguns dos principais praticantes do Barcelona e do Real Madrid, como Mascherano, Iniesta, Pique, Sergio Ramos e Iker Casillas.

 

Segundo explica este outro jornal espanhol, uma das alterações diz respeito à leitura que o fisco faz sobre as sociedades que gerem os direitos de imagem dos desportistas. A outra tem a ver com o pagamento de comissões por parte dos clubes aos agentes dos futebolistas quando há uma transferência ou uma renovação do contrato. Muitas destas investigações das Finanças estarão a ser resolvidos por acordos com os jogadores, que aceitam pagar uma quantia "intermédia".

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