Notícia
Crise inflacionista e energética já custou ao Estado mais de 600 milhões
Face a março, verifica-se um agravamento de 24% com as medidas para fazer face ao impacto das crises que se agravaram com a guerra na Ucrânia. Do lado da receita houve uma perda de 461 milhões. Na despesa, um gasto de 143 milhões de euros.
As medidas para fazer face ao agravamento do custo de vida custaram aos cofres do Estado 603,8 milhões de euros desde o início do ano até ao final de abril, de acordo com a síntese de execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO).
O valor representa um agravamento de 24% face ao mês de março, quando o custo com as medidas de mitigação da subida de preços teve um impacto orçamental, com contas públicas de 486,8 milhões de euros, entre despesa realizada e receita perdida.
"Em abril, a execução reportada das medidas adotadas no âmbito da mitigação do choque geopolítico, levou a uma redução da receita em 460,6 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 143,2 milhões de euros", refere a síntese da DGO divulgada esta quarta-feira.
Desagregando por medida, as Finanças destacam "os impactos associados à perda de receita fiscal, em especial a redução do ISP equivalente à descida do IVA para 13% (200,7 milhões de euros), a suspensão da taxa de carbono ISP (110,4 milhões de euros) e a devolução da receita adicional de IVA via ISP (110,1 milhões de euros)".
Já do lado da despesa, a DGO aponta "as medidas de apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis (82,7 milhões de euros) e os apoios a setores de produção agrícola (45,9 milhões de euros).