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Consumo de produtos do tabaco rendeu 1,5 mil milhões ao Estado em 2016  

O consumo de produtos do tabaco rendeu ao Estado 1.515,1 milhões de euros em 2016, mais 24,9% do que no ano anterior, refere o relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo que será hoje apresentado.

3 - A British American Tobacco ofereceu 46,8 mil milhões para comprar a Reynolds American
17 de Novembro de 2017 às 07:52
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De acordo com o documento, os cigarros são o produto de tabaco mais consumido, com um aumento de 13,8% face ao ano anterior.

 

"Em contrapartida, as entradas no consumo de cigarrilhas, charutos e tabaco de corte fino registaram um decréscimo", lê-se no relatório.

 

Os autores assinalam o aumento registado no consumo do tabaco para cachimbo de água: mais 136,8%.

 

No primeiro semestre de 2017 registou-se uma diminuição do consumo de todos os produtos do tabaco, com excepção do tabaco para cachimbo de água e dos charutos, face ao mesmo período de 2016.

 

Neste período, registou-se ainda uma redução de 3% nas vendas de cigarros, face ao ano anterior.

 

Segundo o relatório, uma pessoa morreu a cada 50 minutos em Portugal, no ano passado, por doenças atribuíveis ao tabaco.

 

Dos 11.843 óbitos causados pelo tabaco ocorridos em 2016 (10,6% do total de mortes no país), 9.263 eram homens (16,4% do total dos que morreram) e 2.581 eram mulheres (4,7%).

  

Tabaco matou uma pessoa a cada 50 minutos em Portugal

 

Uma pessoa morreu a cada 50 minutos em Portugal, no ano passado, por doenças atribuíveis ao tabaco, segundo o mesmo relatório, com base em estimativas elaboradas pelo Institute of Health Metrics and Evaluation, segundo os quais, nesse ano, morreram em Portugal mais de 11.800 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco.

 

Dos 11.843 óbitos causados pelo tabaco ocorridos em 2016 (10,6% do total de mortes no país), 9.263 eram homens (16,4% do total dos que morreram) e 2.581 eram mulheres (4,7%).

 

Os autores do documento adiantam que "o tabaco foi responsável por cerca de uma em cada quatro mortes no grupo etário dos 50 aos 59".

 

Nos homens, a maior percentagem de óbitos atribuíveis ao tabaco registou-se no grupo etário dos 50 aos 59 anos (cerca de 30% dos óbitos), enquanto nas mulheres o grupo etário com maior mortalidade foi o dos 45 aos 49 anos (14,5% do total de óbitos).

 

No mesmo ano, o tabaco foi responsável por 46,4% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 19,5% das mortes por cancro, 12% das mortes por infecções respiratórias do trato inferior, por 5,7% das mortes por doenças cérebro-cardiovasculares e 2,4% das mortes por diabetes, lê-se no documento.

 

O relatório aponta para uma ligeira redução na prevalência de consumidores diários ou quase diários de tabaco entre 2012 e 2016/17 (de 95,2% para 94,0%).

 

Um estudo do Eurobarómetro, citado no documento, refere que, em 2017, cerca de um terço das pessoas fumadoras disseram ter tentado parar de fumar em algum momento (35,7%), 6,3% nos últimos 12 meses e 30,1% há mais de um ano.

 

Em relação ao tabagismo nos jovens, os dados do IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas (2016/2017), referido no relatório, apontam para a idade média de início de consumo reportada pela população entre os 15 e os 24 anos passou dos 15 para os 16 anos.

 

Neste grupo etário, entre 2012 e 2016/2017, registou-se um aumento no consumo nos últimos 30 dias.

 

Sobre os apoios no âmbito da cessação tabágica, os autores destacam o aumento registado em 2016 na dispensa de embalagens de medicamentos nas farmácias: mais 56.330 embalagens dispensadas.

 

A comparticipação destes medicamentos para ajudar a deixar o tabaco, que entrou em vigor em 2016, impulsionou a sua utilização.

 

O consumo de um desses fármacos (vareniclina) aumentou cerca de 68,2% no primeiro trimestre de 2017 (mais 6.196 embalagens).

 

No ano passado também se assistiu a "um aumento da acessibilidade às consultas de cessação tabágica", tendo-se registado cerca de 31.800 consultas de apoio intensivo à cessação tabágica a nível dos ACES e unidades hospitalares do SNS (um aumento de 3,5% face a 2015).

 

 

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