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Como a carga fiscal em Portugal duplicou em 53 anos e superou vários países europeus

Entre 1965 e 2017, a carga fiscal em Portugal foi das que mais subiu entre os países da OCDE, acompanhando o desenvolvimento do Estado social e a história do país. Portugal foi subindo na tabela europeia, mas continua abaixo da média.

Carlos Barria/Reuters
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A carga fiscal mais que duplicou em Portugal entre 1965 e 2017, ao subir de 15,7% do PIB para 34,7%, e superou vários países, segundos dados divulgados recentemente pela OCDE. Este aumento acompanhou o desenvolvimento dos serviços públicos, como o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e a Segurança Social. 

A subida da receita dos diferentes impostos acompanha também, a história do país, e a criação de diferentes impostos, do Imposto das Transações em 1966 (que incidia sobre o consumo), passando pela criação do IVA, do IRS e do IRC na década de 1980 ou o enorme aumento de impostos do ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar em 2013.

Em 2017, o IRS e o IRC representavam 9,8% do PIB e as contribuições sociais 9,3% do PIB (ambos pesavam menos de 4% em 1995). O IVA representa agora 8,7% e é o terceiro imposto com maior peso no PIB.


Essas mudanças fizeram com que a posição de Portugal ao longo dos anos fosse mudando. Desde 1965, quando era dos países europeus (sobre os quais a OCDE tem dados) com menor carga fiscal, Portugal subiu algumas posições, mas fica abaixo da média destes países, que ronda os 40%. França, Bélgica, Finlândia, Itália, Grécia e Alemanha ficam à frente de Portugal.

Espanha, Reino Unido, Estónia e Irlanda (que foi dos poucos países da OCDE que viu a carga fiscal descer desde 1965) têm cargas fiscais inferiores. 

No gráfico em baixo pode ver como evoluiu a carga fiscal, em todos os anos desde 1965, em alguns países europeus (selecionados pelo Negócios).
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