Cacém; 100 metros quadrados: mais 329,9 euros em dez anos     

A FAMÍLIA ABRANTES vive num apartamento na Avenida dos Missionários, no Cacém, de 100 metros quadrados (em termos brutos). O prédio não é muito antigo (tem apenas 35 anos), mas a sua localização faz com que este tenha um coeficiente de localização mais baixo (de 1,4), o que é determinante para o cálculo do valor patrimonial tributário (VPT) do prédio, de 66.270 euros. O estado médio de conservação reduz esta avaliação para 59.643 euros. A família Abrantes paga pela casa onde vive uma renda de 50 euros. A renda futura, equivalente a um doze avos de 4% do VPT, é de 199 euros. Resta agora saber qual o período de transição a que esta família tem direito. O Sr. Luís Abrantes tem um salário de 1.000 euros, enquanto a sua esposa recebe pouco mais do que o salário mínimo nacional (SMN), o que significa que o seu rendimento familiar é de 1.400 euros. Como o rendimento é inferior a cinco SMN (1.930 euros), esta família tem direito a um prazo de transição de dez anos. Entre o primeiro e nono ano, a renda mensal vai aumentar 16,5 euros, o que significa em cada ano um esforço adicional acumulado de 198 euros (16,5x12). No último ano, haverá lugar a actualização da renda em função da inflação, o que admitindo que esta andará anualmente em torno dos 2,2%, levará a um aumento de 48 euros. No final dos dez anos, presumivelmente em 2016, a família Abrantes estará a pagar uma renda 247,14 euros, o que equivalerá a 23% do rendimento da família. Como esta família tem um rendimento superior a três SMN (1.155 euros), não deverá ter direito a subsídio do Estado, cuja regulamentação ainda não foi feita.