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Maria João Rodrigues: "Juncker confia em mim, até já me condecorou"

Maria João Rodrigues reafirma a sua ambição de ocupar a pasta de comissária europeia. Em declarações ao Diário de Notícias, sublinha a sua polivalência e a sua proximidade a Jean-Claude Juncker.

Negócios 14 de Julho de 2014 às 09:27
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Numa altura em que o Governo se prepara para indicar os nomes da sua preferência para ocupar uma pasta na futura Comissão Europeia, Maria João Rodrigues volta a assumir que quer o lugar. A antiga ministra da Qualificação e do Emprego do Governo de António Guterres diz que tem um perfil polivalente, que poderia ocupar várias pastas, e destaca a sua relação pessoal com o futuro presidente da comissão como mais um activo a seu favor.

 

Em declarações ao Diário de Notícias publicadas esta segunda-feira, Maria João Rodrigues diz que a relação pessoal de Jean-Claude Juncker com os seus comissários é "muito importante, porque o presidente da comissão precisa de pessoas em quem confie". E, neste campeonato, a ex-ministra considera-se bem posicionada. É que, sublinha, "Juncker confia em mim, até já me condecorou, e eu trabalhei muito de perto com ele. Tenho muito trabalho acumulado".

 

Maria João Rodrigues evoca os tempos em que trabalharam juntos na estratégia europeia do emprego, quando em 1997 eram ministros dos trabalho dos respectivos países, e lembra que em 2004 foi convidada para integrar a sua equipa da presidência da União Europeia sendo, na altura, a única não luxemburguesa.

 

Por tudo isto, a antiga ministra do PS considera que "tem toda a lógica o meu nome estar na "short list" a indicar pelo Governo", até porque "os nomes com maiores competências técnicas podem dar a Portugal a melhor pasta".

 

A candidata a comissária adverte ainda que "só depois de saber os nomes escolhidos pelos países é que vai indicar as pastas que melhor encaixam nos perfis apresentados". E reclama que tem perfil para mais do que uma pasta: "Sou polivalente, posso assumir várias pastas".

 

As declarações surgem dias depois de Pedro Passos Coelho ter reunido com António José Seguro para discutirem, precisamente, a pasta que Portugal deverá reclamar no elenco que a partir de 1 de Novembro deverá ser dirigido pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker. 

 

Em cima da mesa estarão vários candidatos, desde Silva Peneda, actual presidente do Conselho Económico e Social que também reclama a sua proximidade com Juncker, o ministro Miguel Poiares Maduro, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Carlos Moedas, Paulo Portas e a ex-ministra Maria Graça de Carvalho. 

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