Notícia
Fundos europeus ajudaram PIB a crescer mais 1,3% durante implementação do PT2020
Impacto dos fundos europeus na economia portuguesa terá atingido um máximo em 2022, com o PIB a ser 2,3% superior ao que seria sem Portugal 2020. Impacto positivo vai manter-se mesmo após terminar o prazo para absorção das verbas este ano. Emprego e coesão territorial têm também ganhos significativos.
Os fundos europeus do atual quadro comunitário de apoio, o Portugal 2020, permitiram ao país um acréscimo médio anual de 1,3% no crescimento económico registado. A conclusão é de um estudo da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C), que revela também ganhos no emprego e na coesão territorial.
"Estima-se que, durante o período de execução, o Portugal 2020 (2015-2023) será responsável por um acréscimo médio de 1,3% do PIB face a um cenário sem a intervenção dos FEEI [fundos europeus estruturais e de investimento] ('steady state')", indica a AD&C, num "relatório síntese dos resultados das avaliações do Portugal 2020", publicado esta sexta-feira.
Revisitando as conclusões que tinham sido avançadas em anos anteriores, a AD&C nota que o impacto crescente dos fundos europeus na economia portuguesa terá atingido um máximo de 2,3% em 2022. Isso significa que, no ano passado, o PIB português terá sido 2,3% superior ao que se registaria se Portugal não tivesse acesso a fundos europeus.
Esse impacto positivo na economia mantém-se mesmo após terminar o prazo para absorção das verbas do PT2020 este ano. A 20 anos, o efeito "é ainda de 1,6%", registando-se depois disso uma tendência decrescente nos anos seguintes. Mas, em termos acumulados, há um "efeito multiplicador do PIB de 3,01 até 2073", que se corresponde à soma do efeito multiplicador de "0,88 no período 2015-2023 e 1,78 no período 2015-2033".
Quer isso dizer que, por cada euro de despesa pública cofinanciada por esses fundos europeus, traduz-se num "aumento do PIB em três euros". "Os fundos europeus assumiram um papel determinante no desempenho da economia portuguesa e na retoma do crescimento desde o arranque do Portugal 2020, com efeitos que perduram para além do período de execução dos fundos", salienta a AD&C.
Esse efeito positivo sobre o PIB é acompanhado por "ganhos de produtividade, emprego, salários e exportações, mas a pressão da procura agregada sobre as importações condiciona a evolução da balança de bens e serviços", nota.
Mais 2,3% de produtividade do trabalho em 2023
O estudo da AD&C revela que o PT2020 foi um "indutor de crescimento do emprego, sobretudo no emprego dos trabalhadores mais qualificados no setor da tecnologia, que regista um adicional médio de 8,8% durante a execução" dos fundos europeus. Esse impacto "mais que compensa o impacto negativo, por efeito de mobilidade entre setores, no emprego dos trabalhadores mais qualificados no setor de bens finais".
"O efeito sobre o Emprego global é, todavia, moderado e ocorre apenas durante o período de programação, atingindo um pico de 0,24% em 2020", adverte a agência que coordena a execução de fundos europeus em Portugal.
Já os salários reais registam um impacto positivo "em todos os níveis de qualificação do capital humano (com um pico de 1,72% em 2025-2026)", mantendo-se esse impacto positivo "muito para lá do período de execução" do PT2020. Esse crescimento dos salários reais é "influenciado pelos impactos positivos e duradouros sobre a produtividade do trabalho, com ganhos médios de 1,3% durante a execução".
O PT2020 apresenta também um "efeito positivo e persistente" sobre a exportações, cujo pico (de 1,55%) deverá ser atingido este ano, ao mesmo tempo que se verifica um aumento das importações, o que conduz a "um agravamento da balança de bens e serviços no período de execução" das verbas do PT2020.
Além disso, o PT2020 tem permitido melhorar a convergência interna e reduzir as disparidades regionais. A AD&C revela que "são as regiões menos desenvolvidas que evidenciam maiores efeitos sobre o PIB quando comparados com os efeitos registados a nível nacional", com destaque para a região autónoma dos Açores, onde o impacto é "cerca de 2,2 vezes o impacto observado a nível nacional".
"Estima-se que, durante o período de execução, o Portugal 2020 (2015-2023) será responsável por um acréscimo médio de 1,3% do PIB face a um cenário sem a intervenção dos FEEI [fundos europeus estruturais e de investimento] ('steady state')", indica a AD&C, num "relatório síntese dos resultados das avaliações do Portugal 2020", publicado esta sexta-feira.
Esse impacto positivo na economia mantém-se mesmo após terminar o prazo para absorção das verbas do PT2020 este ano. A 20 anos, o efeito "é ainda de 1,6%", registando-se depois disso uma tendência decrescente nos anos seguintes. Mas, em termos acumulados, há um "efeito multiplicador do PIB de 3,01 até 2073", que se corresponde à soma do efeito multiplicador de "0,88 no período 2015-2023 e 1,78 no período 2015-2033".
Quer isso dizer que, por cada euro de despesa pública cofinanciada por esses fundos europeus, traduz-se num "aumento do PIB em três euros". "Os fundos europeus assumiram um papel determinante no desempenho da economia portuguesa e na retoma do crescimento desde o arranque do Portugal 2020, com efeitos que perduram para além do período de execução dos fundos", salienta a AD&C.
Esse efeito positivo sobre o PIB é acompanhado por "ganhos de produtividade, emprego, salários e exportações, mas a pressão da procura agregada sobre as importações condiciona a evolução da balança de bens e serviços", nota.
Mais 2,3% de produtividade do trabalho em 2023
O estudo da AD&C revela que o PT2020 foi um "indutor de crescimento do emprego, sobretudo no emprego dos trabalhadores mais qualificados no setor da tecnologia, que regista um adicional médio de 8,8% durante a execução" dos fundos europeus. Esse impacto "mais que compensa o impacto negativo, por efeito de mobilidade entre setores, no emprego dos trabalhadores mais qualificados no setor de bens finais".
"O efeito sobre o Emprego global é, todavia, moderado e ocorre apenas durante o período de programação, atingindo um pico de 0,24% em 2020", adverte a agência que coordena a execução de fundos europeus em Portugal.
Já os salários reais registam um impacto positivo "em todos os níveis de qualificação do capital humano (com um pico de 1,72% em 2025-2026)", mantendo-se esse impacto positivo "muito para lá do período de execução" do PT2020. Esse crescimento dos salários reais é "influenciado pelos impactos positivos e duradouros sobre a produtividade do trabalho, com ganhos médios de 1,3% durante a execução".
O PT2020 apresenta também um "efeito positivo e persistente" sobre a exportações, cujo pico (de 1,55%) deverá ser atingido este ano, ao mesmo tempo que se verifica um aumento das importações, o que conduz a "um agravamento da balança de bens e serviços no período de execução" das verbas do PT2020.
Além disso, o PT2020 tem permitido melhorar a convergência interna e reduzir as disparidades regionais. A AD&C revela que "são as regiões menos desenvolvidas que evidenciam maiores efeitos sobre o PIB quando comparados com os efeitos registados a nível nacional", com destaque para a região autónoma dos Açores, onde o impacto é "cerca de 2,2 vezes o impacto observado a nível nacional".