Notícia
Fórum para a Competitividade alerta para "quase paralisação" na execução do PRR
Entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa nota que, nas últimas seis semanas, apenas foram pagos 0,2% dos 16,6 mil milhões do Plano de Recuperação e Resiliência. Chegada lenta de fundos às empresas pode comprometer retoma económica, avisa.
O Fórum para a Competitividade alertou esta quarta-feira para o estado de "quase paralisação" em que se encontra a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sublinhando que a chegada a conta-gotas de fundos às empresas não propicia "grande otimismo" sobre a retoma económica nos próximos trimestres.
"Nas últimas seis semanas apenas foram feitos pagamentos de 39 milhões de euros (0,2% do total), o que constitui um sinal muito preocupante de quase paralisação da execução do PRR", alerta o Fórum para a Competitividade, na nota de conjuntura relativa ao mês de maio, que foi divulgada esta quarta-feira.
A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa nota que, segundo a informação disponibilizada pela Estrutura de Missão "Recuperar Portugal", que acompanha a execução do PRR, "já foram assinados 100% do valor em contratos dos três segmentos: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital", mas os pagamentos não estão a acompanhar o bom ritmo com que foram contratualizados os 16,6 mil milhões do PRR.
Até ao momento, "ainda só foram realizados pagamentos de 1.639 milhões de euros (9,8% do total), dos quais apenas 499 milhões a beneficiários diretos e finais (3,0% do total), enquanto os restantes 1.111 milhões ainda estão em trânsito em beneficiários intermediários". Sublinha ainda que 93,6% do dinheiro pago foi para o setor público.
"As dificuldades na construção e a quase paralisação na execução do PRR também são elementos de desaceleração a considerar, que impedem grande otimismo para os próximos trimestres", salienta o Fórum para a Competitividade.
Acrescenta ainda que a subida das taxas Euribor será outro aspeto a pesar numa possível desaceleração da economia, tendo em conta que deverá "conduzir a uma subida significativa das prestações de crédito das famílias". A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa critica, por isso, a decisão recente do Banco de Portugal de limitar os prazos admissíveis no crédito à habitação porque "reduz aquela que era uma forma possível de amortecimento da subida das taxas de juro".
"Nas últimas seis semanas apenas foram feitos pagamentos de 39 milhões de euros (0,2% do total), o que constitui um sinal muito preocupante de quase paralisação da execução do PRR", alerta o Fórum para a Competitividade, na nota de conjuntura relativa ao mês de maio, que foi divulgada esta quarta-feira.
Até ao momento, "ainda só foram realizados pagamentos de 1.639 milhões de euros (9,8% do total), dos quais apenas 499 milhões a beneficiários diretos e finais (3,0% do total), enquanto os restantes 1.111 milhões ainda estão em trânsito em beneficiários intermediários". Sublinha ainda que 93,6% do dinheiro pago foi para o setor público.
"As dificuldades na construção e a quase paralisação na execução do PRR também são elementos de desaceleração a considerar, que impedem grande otimismo para os próximos trimestres", salienta o Fórum para a Competitividade.
Acrescenta ainda que a subida das taxas Euribor será outro aspeto a pesar numa possível desaceleração da economia, tendo em conta que deverá "conduzir a uma subida significativa das prestações de crédito das famílias". A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa critica, por isso, a decisão recente do Banco de Portugal de limitar os prazos admissíveis no crédito à habitação porque "reduz aquela que era uma forma possível de amortecimento da subida das taxas de juro".