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Fórum para a Competitividade alerta para "quase paralisação" na execução do PRR

Entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa nota que, nas últimas seis semanas, apenas foram pagos 0,2% dos 16,6 mil milhões do Plano de Recuperação e Resiliência. Chegada lenta de fundos às empresas pode comprometer retoma económica, avisa.

Miguel Baltazar
01 de Junho de 2022 às 18:25
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O Fórum para a Competitividade alertou esta quarta-feira para o estado de "quase paralisação" em que se encontra a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sublinhando que a chegada a conta-gotas de fundos às empresas não propicia "grande otimismo" sobre a retoma económica nos próximos trimestres.

"Nas últimas seis semanas apenas foram feitos pagamentos de 39 milhões de euros (0,2% do total), o que constitui um sinal muito preocupante de quase paralisação da execução do PRR", alerta o Fórum para a Competitividade, na nota de conjuntura relativa ao mês de maio, que foi divulgada esta quarta-feira.

A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa nota que, segundo a informação disponibilizada pela Estrutura de Missão "Recuperar Portugal", que acompanha a execução do PRR, "já foram assinados 100% do valor em contratos dos três segmentos: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital", mas os pagamentos não estão a acompanhar o bom ritmo com que foram contratualizados os 16,6 mil milhões do PRR.

Até ao momento, "ainda só foram realizados pagamentos de 1.639 milhões de euros (9,8% do total), dos quais apenas 499 milhões a beneficiários diretos e finais (3,0% do total), enquanto os restantes 1.111 milhões ainda estão em trânsito em beneficiários intermediários". Sublinha ainda que 93,6% do dinheiro pago foi para o setor público. 

"As dificuldades na construção e a quase paralisação na execução do PRR também são elementos de desaceleração a considerar, que impedem grande otimismo para os próximos trimestres", salienta o Fórum para a Competitividade.

Acrescenta ainda que a subida das taxas Euribor será outro aspeto a pesar numa possível desaceleração da economia, tendo em conta que deverá "conduzir a uma subida significativa das prestações de crédito das famílias". A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa critica, por isso, a decisão recente do Banco de Portugal de limitar os prazos admissíveis no crédito à habitação porque "reduz aquela que era uma forma possível de amortecimento da subida das taxas de juro".
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