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PSD hesita e pede adiamento da votação sobre carreiras

O PSD pediu esta quarta-feira o adiamento das votações sobre a carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, evitando assim mais uma coligação negativa.

Todos os partidos, com excepção do PSD, defenderam a aprovação de uma nova lei para a publicação da lista. O Bloco diz que não é necessária uma nova lei.
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O PSD pediu esta quarta-feira o adiamento das votações sobre a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, que poderiam formar uma nova coligação negativa no parlamento que valorizasse a carreira destes profissionais uma vez que os social-democratas têm propostas idênticas à da esquerda. O deputado Ricardo Baptista Leite, do PSD, promete retomar o tema ainda nesta legislatura, mas a esquerda considera que o objetivo é atirar o diploma "para as calendas".

 

O PSD justificou a decisão com a existência de um projeto de decreto-lei de execução orçamental que diz que as revisões de salários e carreiras devem ser precedidas de um estudo, mas a explicação não convenceu os outros deputados.

  

"Segundo notícias ontem divulgadas na comunicação social, há uma versão provisória do decreto de execução orçamental para o corrente ano, que prevê que o Governo faça antever a revisão de carreiras, remunerações e outras prestações pecuniárias – estou a citar (…) - de um estudo prévio", justificou o deputado do PSD. "Trata-se de um anteprojeto, o PSD ainda não tem conhecimento do documento final que irá a conselho de ministros, mas isto tem um impacto direto na matéria em apreço e, como tal, a nossa proposta é muito clara no sentido de pedir o adiamento" da votação.

Mas alguém espera que o Governo publique um estudo sobre o assunto até ao final de legislatura? "Quero acreditar que o Governo esteja neste momento a munir-se de informação", começou por responder o deputado, ao Negócios. "Temos de garantir que não estamos a fazer algo que seja depois inviabilizado pelo decreto-lei de execução orçamental", acrescentou, recusando comparações com o caso dos professores.

Durante a reunião na comissão de saúde, contestando "um pedido de adiamento sem data ou dependente de decisões do Governo", Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, desafiou o PSD a marcar as votações para a próxima semana, o que não foi aceite.

"Que fique muito claro: o PSD não é um partido de protesto. Somos um partido reformista e mais importante que o protesto são as consequências que as decisões têm", começou por responder o deputado do PSD. "Estamos a falar do espaço de um mês, um mês e meio até ao final dos trabalhos parlamentares. Se o governo falhar o seu compromisso nós agendaremos esta matéria".

"Está a pedir o adiamento de um mês quando sabe que os trabalhos parlamentares estão em reta final", referiu a deputada do PCP Carla Cruz. "O PSD está a adiar para as calendas gregas estas propostas".

A comparação com o caso dos professores foi feita de forma implícita pelo deputado António Sales, do PS. "De facto o PSD vem mais uma vez contrair um ato de arrependimento semelhante àquele que há muito pouco tempo contraiu relativamente a uma outra situação semelhante e portanto vamos ficando um pouco habituados a estes atos."


(Notícia atualizada às 13:10)

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