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Preço das refeições nas cantinas da administração pública vai subir 19,5%

O aumento do preço que foi esta sexta-feira proposto aos sindicatos é superior ao aumento do subsídio de refeição, embora este último continue a ser mais alto. Os refeitórios dos serviços e organismos da administração pública servem 635 mil refeições por ano.

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O preço cobrado por uma refeição aos trabalhadores da administração pública, nas cantinas do Estado, vai subir 80 cêntimos ou 19,5%, pela primeira vez em mais de dez anos.

De acordo com a proposta apresentada esta sexta-feira pelo Governo, o preço pago pelos trabalhadores nestes refeitórios sobe de 4,1 euros para 4,9 euros, segundo descreveu ao Negócios José Abraão, secretário-geral da Fesap, depois de uma reunião onde esteve a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

O aumento do preço das refeições (19,5% ou 80 cêntimos) é superior ao aumento do subsídio de alimentação decidido no final do ano passado (9% ou 43 cêntimos). Contudo, o valor do subsídio (5,2 euros por cada dia efetivamente trabalhado) é superior aos das refeições, embora agora por uma margem mais estreita (30 cêntimos).

Ao Negócios, o dirigente sindical explicou que o Governo argumentou que devido ao aumento de custos (para um total de 4,89 euros) os serviços estavam agora a suportar 79 cêntimos.

"Mesmo assim, compreendendo que houve aumentos nos custos, não é compreensível que estes tenham de ser suportados pelos trabalhadores", afirma.

"Com aumentos salariais inferiores à inflação, com o aumento do que se paga pelos empréstimos à habitação, não se pode passar o aumento dos custos, porque os concessionários se queixam, apenas para o lado dos trabalhadores", sustenta.

No caso dos reformados e viúvos de funcionários públicos, o preço a pagar é mais baixo, mas também vai subir de 2,05 euros para 2,45 euros, de acordo com a proposta apresentada.

Os refeitórios da administração pública servem 635 mil refeições por ano, de acordo com a informação prestada pelo mesmo dirigente sindical.

Formação para dirigentes

Na mesma reunião, o Governo apresentou aos sindicatos um diploma para criar uma quota de 5% nos concursos de admissão no Estado para os atletas olímpicos, paralímpicos e de alto rendimento.

Foi ainda discutido um diploma que regulamenta os cursos de Formação Avançada para formação profissional específica e atualização de dirigentes da Função Pública, intermédios ou superiores.

Este último diploma não altera, no entanto, as regras de seleção dos dirigentes.

"Toda a formação é importante além de conhecimento técnico", diz José Abraão. "Mas também seria importante alterar o Estatuto de Pessoal Dirigente para garantir mais transparência e para não termos muita gente nomeada em regime de substituição", ou seja, por escolha política, acrescenta. 

Notícia atualizada às 17:11 com mais informação

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