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Mário Centeno dissolve direcção da Entidade dos Serviços Partilhados
O ministro das Finanças justifica a decisão com a necessidade de "imprimir nova orientação à gestão do instituto público" liderado por Jaime Quesado.
O ministro das Finanças decidiu dissolver o conselho directivo da Entidade dos Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), presidido por Jaime Quesado (na foto), invocando a necessidade "de imprimir nova orientação à gestão do instituto público".
No despacho assinado no dia 23 e publicado esta quinta-feira em Diário da República, Mário Centeno justifica a sua decisão com a necessidade de "reorientar a actuação da ESPAP, incrementando a respectiva capacidade de implementação das orientações estratégicas", o que "exige profundas alterações no sistema dos serviços partilhados da Administração Pública e especial mobilização dos recursos humanos envolvidos no processo de mudança".
As orientações estratégicas "exigem um maior empenho, dinamismo e capacidade de liderança por parte da ESPAP de forma a lograr alcançar os objectivos estabelecidos pela sua tutela", escreve o ministro das Finanças, frisando a necessidade de "uma renovada capacidade de resposta direccionada aos objectivos" do instituto, "com uma liderança capaz de impulsionar um profundo processo de mudança inerente à implementação das orientações estratégicas".
No preâmbulo do diploma pode ler-se que a tutela definiu as seguintes orientações estratégicas, como "as grandes áreas de intervenção em que se requer a cooperação e empenho" da ESPAP: exercício de revisão da despesa pública, que inclui, entre outros, a área dos serviços partilhados de recursos humanos; implementação do processo de centralização da aquisição da energia, processo que ocorrerá de forma faseada até 2019 e a implementação do programa de gestão do parque automóvel de veículos apreendidos.
O apoio na prossecução da missão da Unidade de Implementação de Lei de Enquadramento Orçamental e a implementação de novas funcionalidades do Sistema Nacional de Compras Públicas são as outras áreas referidas por Mário Centeno.
Para o lugar de Jaime Quesado o ministro das Finanças nomeou, em regime de substituição, o até agora vice-presidente César Pestana, de acordo com outro despacho também publicado esta quinta-feira, 27 de Março.
Maria Teresa Rodrigues foi a escolhida para o cargo de vice-presidente do conselho directivo. A nomeada exerceu várias posições na Ericsson em Portugal, sendo a mais relevante a de directora da Unidade de Negócio para a Operadora de Telecomunicações NOS Portugal.
Para vogais do instituto o ministro das Finanças nomeou Eugénio Antunes, que transita da anterior direcção, e Tiago Joanaz de Melo, que substitui no cargo Carlos Gonçalves, vindo do gabinete da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.
Tiago Melo exerceu ainda o cargo de assessor financeiro da vereação Financeira e de Recursos Humanos do Município de Lisboa, entre 2012 e 2016, e foi subdirector-geral do Orçamento entre 2010 e 2012.
Entre 2001 e 2009 foi manager do grupo responsável pelo sector de actividade Public Sector, Life Science & Healthcare da Deloitte em Portugal, já depois de ter sido director na área de management solutions na Arthur Andersen e consultor em grandes empresas de auditoria e consultoria.