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Governo não dá mais nos salários da Função Pública. STE quer aumentos de 104 euros para mais licenciados

Na terceira reunião com os sindicatos, pedida por estes, o Governo nada adiantou aos salários da Função Pública, segundo Sebastião Santana. Já o STE quer negociar mais aumentos para os técnicos superiores.

Bruno Colaço/Correio da Manhã
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O Governo não cedeu a mais propostas dos sindicatos para aumentar os salários na Função Pública, mas o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) quer alargar o leque de técnicos superiores que terão um aumento de 104 euros em janeiro.

"Não houve avanço rigorosamente nenhum", disse Sebastião Santana, da Frente Comum, "com exceção feita ao aumento de 43 cêntimos" do subsídio de refeição já anunciado na semana passada.

Na altura, a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, tinha dito que já tinha esgotado a margem para aumentos transversais na Função Pública, ainda que estes aumentos nominais se traduzam, na maioria dos casos, em quebras reais de salários, por haver perda de poder de compra.

O que a responsável também disse, na sexta-feira, é que o Governo tem disponibilidade para acrescentar ao que já anunciou, e que estará orçamentado, aumentos de 104 euros brutos para alguns técnicos superiores, os que estão na terceira e na quarta posição remuneratória.

Esta sexta-feira a presidente do STE, Helena Rodrigues, explicou aos jornalistas que espera negociar o alargamento desses aumentos a mais técnicos superiores, mas também disse que o Governo ainda não se comprometeu. Os sindicatos da UGT mostram-se disponíveis para um acordo com base no que for negociado na segunda quinzena deste mês.

Salários com aumentos de 52 euros

Os aumentos nominais que estão fechados começam nos 8% para quem recebe o mínimo e que vão decrescendo até estagnarem nos 2% para quem ganha mais de 2.612 euros por mês.

Só os 123 mil que estão na base (17%) e, por outros motivos, os 84 mil assistentes técnicos que terão um aumento de 104 euros não perdem poder de compra. Isto tendo em conta que o Governo estima uma inflação de 7,4%, que é otimista à luz de outras projeções.

O subsídio de refeição sobe 9% para 5,2 euros por dia.

O coordenador da Frente Comum (CGTP) fala em "empobrecimento". "Se o Governo negociar tanto com os grupos parlamentares como faz com as estruturas sindicais vai ser muito difícil haver evolução.



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