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Governo diz que não tem margem para mais. Aumentos de 1% pagos com retroativos em maio

Questionada sobre a proposta do STE, que pediu que o aumento adicional subisse para 1,5%, a secretária de Estado da Administração Pública disse que a margem orçamental que o Governo reservou à Função Pública foi gasta com o pagamento de retroativos.

Pedro Catarino
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O Governo diz que não irá além do aumento adicional de 1% e de 80 cêntimos por dia no subsídio de refeição, alegando que gastou a margem orçamental que dedicou à Função Pública com as propostas que assumiu esta quarta-feira, que produzem efeitos a janeiro. Os aumentos adicionais de 1% e a subida do subsídio de refeição serão pagos em maio, com retroativos, disse aos jornalistas a secretária de Estado da Administração Pública.

De acordo com Inês Ramires, com o aumento adicional de 1% e de 80 cêntimos no valor diário do subsídio de refeição, com efeitos a janeiro, o acréscimo na massa salarial é de 389 milhões de euros (para 1.709 milhões de euros, o que inclui progressões).

A Frente Comum admite mais greves e os sindicatos pediram uma reunião de negociação suplementar. Questionada sobre se pode acompanhar a proposta do STE, que pede que o Governo chegue a um aumento adicional de 1,5%, a secretária de Estado da Administração Pública respondeu que não. "Tivemos oportunidade de dizer ao STE que a margem do Governo é a que foi apresentada", respondeu Inês Ramires aos jornalistas.

A proposta da Fesap para o aumento das ajudas de custo também não terá resposta na próxima reunião. "O Governo não está em condição de acompanhar aumentos das ajudas de custo. As ajudas de custo não estão neste pacote intercalar", respondeu Inês Ramires.

35% dos funcionários têm aumento superior a 8%

No ano passado a inflação ficou nos 7,8% e a média de aumentos salariais foi inicialmente de 3,6%. O primeiro-ministro justificou a revisão com o facto de a inflação ter ficado 4 décimas acima do previsto.

Porquê 1%? A secretária de Estado não deu explicações detalhadas sobre a escolha do adicional de 1%, mas referiu que procurou reforçar as propostas salariais.

Nas contas do Governo, o aumento salarial total e a subida do subsídio de refeição faz com que pouco mais um terço dos 742 mil trabalhadores do Estado tenham aumentos de 8%, portanto acima da inflação do ano passado.

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