Notícia
Gasto por beneficiário sobe 9,3% na ADSE
As despesas crescem a um ritmo superior às receitas numa altura em que o número de beneficiários desce. Cada um custou, em média, 460 euros em cuidados de saúde, numa subida de 9,3%.
09 de Maio de 2018 às 22:00
É uma das principais fontes de preocupação dos membros do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, que esta quinta-feira volta a reunir-se na expectativa que seja resolvida a nova crise gerada com a demissão de Carlos Liberato Baptista da presidência. As despesas cresceram a um ritmo mais forte do que a receita, num contexto em que o número de beneficiários desceu. No ano passado, de acordo com o relatório de actividades, o custo associado ao financiamento de cuidados de saúde por cada beneficiário foi em média de 460 euros, num aumento de 9,3% face ao ano anterior.
O documento, a que o Negócios teve acesso, revela que o número de beneficiários caiu 0,9% face ao ano passado (e 3,4% face ao ano anterior, numa redução de mais de 42 mil pessoas). A diminuição é explicada pelo recuo dos cônjuges ou unidos de facto que terão deixado de cumprir os requisitos legais da inscrição. Nos últimos dois anos cerca de 20 mil cônjuges de funcionários ou aposentados perderam o direito por estarem inscritos na Segurança Social ou por terem rendimentos próprios, tal como o Negócios noticiou em Novembro. Isto devido a uma norma que, apesar de existir há vários anos, só começou a ser aplicada em Novembro de 2015, na sequência das recomendações do Tribunal de Contas.
O número de beneficiários titulares (que fazem descontos) aumentou ligeiramente, enquanto o dos que desistiram voluntariamente da ADSE se manteve a níveis residuais (358 pessoas).
Direcção da ADSE sem plenos poderes
O Conselho Geral e de Supervisão já tinha alertado para o facto de as principais receitas da ADSE (os descontos dos beneficiários) terem subido apenas 0,6% enquanto as principais despesas (os gastos com saúde) avançam 8,7%.
A ADSE obteve ainda assim um resultado líquido de 76,9 milhões de euros em 2017. Mas os parceiros temem que este excedente desapareça nos próximos anos. É neste contexto que os representantes dos sindicatos, dos aposentados e dos beneficiários alertam para a necessidade de ser rapidamente resolvida a composição do Conselho Directivo.
Carlos Liberato Baptista, que esteve à frente da ADSE desde Janeiro de 2015, apresentou a demissão no dia 30, na véspera da emissão de uma reportagem da TVI sobre uma auditoria relativa ao período em que era administrador da PT ACS, cargo que ocupou até 2009. Há suspeitas de irregularidades nos pagamentos a fornecedores da PT ACS, com indícios da prática de crime. O Ministério Público está a recolher elementos para avaliar se abre um inquérito. Na semana passada, o Ministério da Saúde revelou que Carlos Liberato Baptista ficará à frente da ADSE até ser substituído. E que reforçou o pedido, feito pelo próprio e reclamado pelos representantes dos beneficiários, da realização de uma auditoria à ADSE.
O documento, a que o Negócios teve acesso, revela que o número de beneficiários caiu 0,9% face ao ano passado (e 3,4% face ao ano anterior, numa redução de mais de 42 mil pessoas). A diminuição é explicada pelo recuo dos cônjuges ou unidos de facto que terão deixado de cumprir os requisitos legais da inscrição. Nos últimos dois anos cerca de 20 mil cônjuges de funcionários ou aposentados perderam o direito por estarem inscritos na Segurança Social ou por terem rendimentos próprios, tal como o Negócios noticiou em Novembro. Isto devido a uma norma que, apesar de existir há vários anos, só começou a ser aplicada em Novembro de 2015, na sequência das recomendações do Tribunal de Contas.
Direcção da ADSE sem plenos poderes
O Conselho Geral e de Supervisão já tinha alertado para o facto de as principais receitas da ADSE (os descontos dos beneficiários) terem subido apenas 0,6% enquanto as principais despesas (os gastos com saúde) avançam 8,7%.
A ADSE obteve ainda assim um resultado líquido de 76,9 milhões de euros em 2017. Mas os parceiros temem que este excedente desapareça nos próximos anos. É neste contexto que os representantes dos sindicatos, dos aposentados e dos beneficiários alertam para a necessidade de ser rapidamente resolvida a composição do Conselho Directivo.
Carlos Liberato Baptista, que esteve à frente da ADSE desde Janeiro de 2015, apresentou a demissão no dia 30, na véspera da emissão de uma reportagem da TVI sobre uma auditoria relativa ao período em que era administrador da PT ACS, cargo que ocupou até 2009. Há suspeitas de irregularidades nos pagamentos a fornecedores da PT ACS, com indícios da prática de crime. O Ministério Público está a recolher elementos para avaliar se abre um inquérito. Na semana passada, o Ministério da Saúde revelou que Carlos Liberato Baptista ficará à frente da ADSE até ser substituído. E que reforçou o pedido, feito pelo próprio e reclamado pelos representantes dos beneficiários, da realização de uma auditoria à ADSE.