O Governo voltou a garantir aos sindicatos que os funcionários públicos não vão perder dinheiro com a integração de todas as carreiras na tabela salarial única, mas o dirigente da Fesap, Nobre dos Santos, não ficou convencido.

"Na perspectiva do Governo, nenhum trabalhador vai ser prejudicado no montante salarial mensal relativamente ao que recebe agora", afirmou Nobre dos Santos, em declarações à saída de uma reunião com Leite Martins (na foto), secretário de Estado da Administração Pública. "Mas temos sérias dúvidas" que assim seja, acrescentou.

"Não há confiança entre as partes", disse, salientado que os funcionários podem enfrentar "cinco cortes", incluindo a subida de descontos para a ADSE é para a CGA. "Estamos quase numa economia de guerra".

O governo terá ainda dito aos sindicatos que tem pouca margem para alterar os cortes que quer reintroduzir, que afectam salários acima dos 1500 euros com taxas de 3,5% a 10%.