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"Subidas das taxas de juro do BCE contribuem para aumentar o risco de recessão", avisa Costa

No debate sobre a proposta de OE para 2023, o PS acusou o PSD de alinhar pela subida das taxas de juro do BCE. O primeiro-ministro insistiu que as subidas contribuem para "aumentar o risco de recessão". António Costa já tinha pedido cautela na alteração da política monetária.

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O primeiro-ministro, António Costa, alertou para os riscos da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) no crescimento económico, acusando o PSD de alinhar numa "campanha" pela subida, com impacto para os portugueses. 

"A crise inflacionista na Europa resulta da rutura das cadeias de abastecimento e do aumento dos preços da energia e não é com a subida das taxas de juro que se resolve esta crise inflacionista. Contribui para aumentar o risco de recessão nas economias europeias", defendeu o chefe de Governo.

O primeiro-ministro respondia assim a uma intervenção do deputado PS Eurico Brilhante Dias no debate da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023, que acusou o PSD de defender aumento das taxas de juro do BCE. O líder parlamentar dos socialistas apontou que o vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, apresentou um documento de política do PPE que se dedica, entre outros temas, à política monetária.

"O PPE pede ao BCE a determinação para aumentar as taxas de juro", notou. "Nós temos dito que o BCE tem de ser muito cauteloso sobre a forma como olha para as taxas de juro", contrapôs. Recorde-se que o primeiro-ministro defendeu recentemente que "não é com a subida das taxas de juro que se combate esta inflação", defendendo que Frankfurt deve ter prudência.

"Recusamos esta campanha do PPE e do PSD para a subida das taxas de juro do BCE", respondeu, depois, o primeiro-ministro.

Na próxima quinta-feira o Conselho de Governadores do BCE volta a reunir-se para definir alterações à sua política monetária - e os analistas esperam uma nova subida acentuada das taxas de juro, em 0,75 pontos (depois de a inflação na zona euro ter atingido um novo máximo histórico em setembro, de 9,9%). 

O PS acusou assim os sociais-democratas de por um lado querer "mitigar os efeitos [da crise]" e por outro procurar, em Bruxelas,  dar "guarida aos falcões do BCE que querem aumentar a recessão".

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