Notícia
Reforço para a Saúde é "extremamente limitado", avisa Miranda Sarmento
O economista do PSD fez as contas ao reforço de 900 milhões de euros nas verbas para a Saúde e concluiu que a maior parte do dinheiro servirá para pagar dívidas do passado. Os serviços vão continuar a funcionar sob forte restrição, diz.
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Margarida Peixoto
margaridapeixoto@negocios.pt
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Rosário Lira
Antena 1
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João Miguel Rodrigues - Fotografia
22 de Dezembro de 2019 às 12:00
"O valor alocado a mais recursos para a Saúde é extremamente limitado e a minha estimativa é que seja 150 a 200 milhões de euros, no máximo" – as contas são de Joaquim Miranda Sarmento, economista e conselheiro estratégico do PSD. Em entrevista ao Negócios e Antena 1, o especialista em contas públicas argumenta que os serviços de saúde vão continuar a sofrer fortes restrições.
"Vai continuar a haver escassez de recursos mas, mais grave do que isso, vai continuar a haver uma gestão completamente ineficiente das unidades hospitalares," antecipa Joaquim Miranda Sarmento, cético em relação às escolhas do Executivo. "Em parte", essa ineficiência deve-se a "uma cegueira ideológica de querer estatizar tudo, quer na saúde, quer na educação, quer em todos os outros setores," critica.
No caso da Saúde, Miranda Sarmento foi analisar o relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2020 e concluiu que as verbas não estão refletidas em contas nacionais, ou seja, a ótica que importa para o apuramento das metas orçamentais. Daí, conclui que o reforço será absorvido no pagamento de dívidas do passado, pouco aliviando a restrição sentida pelos serviços ao longo do ano.
"Se fosse 900 milhões a mais de despesa efetiva com os serviços aqueles números das contas nacionais não batiam certo," concretiza.
"Vai continuar a haver escassez de recursos mas, mais grave do que isso, vai continuar a haver uma gestão completamente ineficiente das unidades hospitalares," antecipa Joaquim Miranda Sarmento, cético em relação às escolhas do Executivo. "Em parte", essa ineficiência deve-se a "uma cegueira ideológica de querer estatizar tudo, quer na saúde, quer na educação, quer em todos os outros setores," critica.
"Se fosse 900 milhões a mais de despesa efetiva com os serviços aqueles números das contas nacionais não batiam certo," concretiza.