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PSD quer saber se Governo mantém meta da inflação, Medina não responde

No Parlamento, o PSD alertou que mesmo que a inflação trave a fundo nos próximos meses, ela deverá ficar muito acima do previsto pelo Governo e questionou ministro das Finanças se mantém a sua previsão. Fernando Medina não respondeu, dizendo apenas que a conjuntura é complexa .

Alexandre Azevedo
13 de Maio de 2022 às 16:21
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Mesmo que a inflação trave e avance nos próximos meses, os preços devem subir 7,3% no conjunto do ano, significativamente acima da previsão do Governo. As contas são do PSD que, perante estes números, quis saber se mantém a sua previsão. Mas o ministro das Finanças não respondeu. 

No Parlamento, onde decorre esta tarde o último debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022, o deputado do PSD Joaquim Miranda Sarmento lembrou que os preços em abril dispararam 7,2% e frisou que, mesmo que nos próximos meses a inflação trave a fundo, a subida de preços será muito maior do que o previsto pelo Governo. 

Pelas contas do economista, mesmo que a inflação cresça apenas 0,5% em cada um dos próximos meses, no final do ano, a subida dos preços rondará 7,3%. Este número é significativamente superior à previsão do Governo (que é de uma variação homóloga do Índice de Preços do Consumidor de 3,7% este ano). 

Lembrando que o Conselho das Finanças Públicas (CFP) também admite que a previsão de inflação do Governo já pode estar desatualizada, Joaquim Miranda Sarmento quis saber se o ministro das Finanças mantém a sua previsão. Mas Fernando Medina não respondeu ao deputado do PSD (embora o debate ainda esteja a decorrer). 

Famílias e empresas estariam pior sem este OE, defende Medina

No entanto, na sua intervenção inicial, o ministro das Finanças sublinhou que o OE está a ser discutido "numa conjuntura exigente e complexa", e que embora "a economia portuguesa apresente um comportamento assinalável, acumulam-se fatores de pressão extra", com os quais é preciso "saber lidar". 

Para Fernando Medina, as famílias e as empresas estariam "numa situação mais delicada" sem a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 e que não há "orçamento no mundo" que consiga defender "tudo e todos" da subida da inflação.

"Aos que dizem que o OE não compensa todas as empresas e todas as famílias, devemos responder com verdade: não há OE no mundo que consiga defender tudo e todos de um choque desta magnitude", afirmou Fernando Medina, no último debate na especialidade da proposta de OE para este ano, que decorre esta tarde no Parlamento.

Depois, o governante frisou que "as empresas e as famílias estariam numa situação mais delicada sem este OE e estarão muito melhor com este OE do que com as políticas defendidas pelas oposições".

Ainda assim, Fernando Medina reiterou "a abertura do Governo para analisar propostas que não coloquem em causa orientação deste OE e principios de prudência que nos guiam".
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