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PCP quer reforço do orçamento do SNS em 25% no retificativo
Os comunistas apresentaram cerca de meia centena de propostas de alteração ao orçamento retificativo, onde se destacam um reforço de 25% do orçamento do SNS, o aumento das transferências orçamentais para a Segurança Social ou a criação de uma “taxa especial sobre transações financeiras para paraísos fiscais”.
Estas são palavras da deputada comunista Paula Santos, a quem coube a apresentação das principais propostas de alteração ao orçamento suplementar apresentadas pelo partido liderado por Jerónimo de Sousa.
O PCP considera ainda determinante garantir a sustentabilidade da Segurança Social, propondo deste modo o reforço das transferências do Orçamento do Estado. A deputada Paula Santos indicou que este reforço tem por meta "assegurar a reposição, na íntegra, das verbas usadas no âmbito das medidas temporárias implementadas". Note-se, por exemplo, que no âmbito do regime de lay-off simplificado coube à Segurança Social garantir um terço dos salários dos trabalhadores nesta condição.
O partido ao leme de Jerónimo de Sousa avança ainda uma medida tendente a uma "mais justa distribuição da riqueza face às consequências da epidemia", propondo assim a "criação de uma taxa especial que garanta uma tributação de 35% sobre as transferências para off-shores". Ou seja, propõe a criação de uma "taxa especial sobre transações financeiras para paraísos fiscais".
E dado que o Presidente da República vetou a proposta que visava alargar aos sócios-gerente os apoios concedidos no âmbito da resposta à pandemia, sendo que Marcelo Rebelo de Sousa deixou subjacente concordar com a medida, sugerindo mesmo que os partidos a aprovem no âmbito do retificativo em discussão na especialidade, o PCP pretender agora alargar o espectro da proposta inicialmente aprovada por uma coligação parlamentar negativa.
O partido pretende alargar, "o mais rapidamente possível", os apoios aos micro, pequenos e médios empresários a todos aqueles que fazem "descontos para a Segurança Social".
No entender de Paula Santos, estas proposta "têm presente a necessidade de defender o interesse nacional em detrimento do favorecimento de interesses e dos grupos económicos" que os comunistas consideram subjacente às medidas já aprovadas pelo Governo em resposta aos efeitos da crise pandémica.
Trata-se de propostas para que o "orçamento suplementar seja substancialmente diferente da proposta inicial do Governo e [para] que não se limite a atribuir benefícios fiscais a grupos económicos e a promover a concentração de empresas", resumiu a deputada.
(Notícia atualizada)