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PAN exige acordo escrito do Governo para viabilizar OE 2022

O partido esteve reunido com o primeiro-ministro ao início da tarde desta quarta-feira. Sem um memorando de entendimento com compromissos para a especialidade, não há entendimento, indica Inês de Sousa Real.

Miguel Baltazar
20 de Outubro de 2021 às 15:21
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O PAN exige que o Governo coloque por escrito os compromissos que o partido considera serem os necessários para viabilizar o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) na votação na generalidade marcada para o próximo dia 27 de outubro.

"Só com o compromisso do Governo é que o PAN poderá vir ou não a viabilizar o Orçamento", afirmou a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, depois do encontro desta quarta-feira com o primeiro-ministro no âmbito das negociações para o OE 2022, indicando que "à semelhança do que fizemos no ano passado, em que foi reduzido a escrito aquilo que eram as medidas consensualizadas entre o PAN e o Governo, estamos disponíveis para essa mesma responsabilidade", frisou.

Questionada sobre o sentido de voto do partido - que já disse que tal como está o documento merece a rejeição -, Inês de Sousa Real afirmou que em causa estão "as medidas que o Governo está disponível para acolher em sede de especialidade, caso exista disponibilidade para acolher as propostas do PAN e uma eventual viabilização do Orçamento".

A porta-voz do PAN indicou que "há medidas para as quais o Governo já mostrou e sinalizou disponibilidade, no entanto, é importante que estas medidas sejam medidas não apenas meramente programáticas. É necessário um investimento mais robusto. O apoio aos transportes públicos é um exemplo", detalhou.


Mais robustez financeira

Para já, o partido garante que ainda não definiu o sentido de voto na generalidade. "O sentido de voto do PAN não está definido tem de haver maior ambição e transformar este OE que dê resposta a esta crise socioeconómica", apontou a porta-voz, empurrando para o Governo a responsabilidade de se aproximar das posições do partido.

Mas há um ponto que o PAN entende ser fulcral: um orçamento com de maior "robustez financeira". "Da parte do PAN existe o sentido de responsabilidade para dar resposta a uma crise socioeconómica e caberá ao Governo aproximar-se do que são as reivindicações", acrescentou.

"Para o PAN há uma série de bandeiras", indicou. "Vamos ter reuniões setoriais até ao final da semana para podermos analisar mais aprofundadamente."


(Notícia atualizada às 15:30)
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