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OE2022: CDS-PP pede "estímulos extra" para compensar crescimento do PIB abaixo do previsto
Partido adianta que previsão do Governo é que o PIB cresça 4,5% este ano, abaixo dos 5,4% inicialmente projetados. Sublinhando que esse crescimento deveria ser maior, a deputada Cecília Meireles defende que "são precisos estímulos extra", incluindo à iniciativa privada.
O CDS-PP revelou esta quarta-feira estar "apreensivo" quanto ao Orçamento do Estado do próximo ano (OE2022). A deputada Cecília Meireles adiantou que a previsão do Governo, para este ano, é que o país cresça 4,5%, abaixo dos 5,4% inicialmente projetados, o que para os centrista implica "estímulos extra".
"Em termos de cenário macroeconómico, foram apresentados alguns números. Aquele que eu salientaria é o do crescimento do PIB. O Governo prevê, tanto quanto pude perceber, um crescimento de 4,5%. No orçamento passado, o que estava previsto era 5,4%", referiu Cecília Meireles, no final do encontro com o Governo sobre o OE2022.
Segundo Cecília Meireles, o primeiro trimestre deste ano "correu de tal maneira mal, com os efeitos da pandemia, que não vai ser possível durante o resto do ano recuperar o que estava previsto no orçamento". "Era essencial que a economia tivesse crescido mais este ano. Mas não cresceu", sublinhou.
Face a essa revisão em baixa, a deputada democrata-cristã defendeu que "são precisos estímulos extra, que não devem passar apenas pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas por uma aposta na iniciativa privada", ou seja, "não deve ser o Estado a decidir, através das suas empresas públicas, onde é que se deve investir".
"É deixar as famílias e as empresas com mais dinheiro nas mãos para elas próprias decidirem onde querem investir. Como é que isso se faz? Através de um alívio no IRS, mas a única coisa que se ouve falar é de engenharia social, e depois também através de um alívio fiscal, que dê mais competitividade às empresas portuguesas", disse.
Cecília Meireles adiantou ainda alguns dados quanto à dívida, sublinhando que têm de ser confirmados junto do Governo. "Para a dívida, creio que estaremos a falar à volta de 125% do PIB, que é uma dívida pública elevada mas que é um efeito da pandemia que importa agora que o Governo consiga corrigir", concretizou.
Divergências nas opções políticas
O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, acrescentou ainda que "existem divergências de opção política, que naturalmente são conhecidas, e que não se alterarão neste debate orçamental".
"Mesmo considerando as circunstâncias da pandemia, os dados que nos são dados em relação ao cenário macroeconómico estão abaixo daquilo que eram as expectativas do Governo, incluindo numa fase inicial. Há ainda uma divergência sobre o que deve ser o motor da recuperação da economia: o público ou o privado e as empresas", frisou.
Telmo Correia admite, no entanto, que há iniciativas na proposta do Governo para o OE2022 que parecem "interessantes" ao CDS-PP, nomeadamente os incentivos no que toca aos desafios da demografia e natalidade. "É algo que nos parece interessante discutir, mas ainda não conhecemos no detalhe", concluiu.
"Em termos de cenário macroeconómico, foram apresentados alguns números. Aquele que eu salientaria é o do crescimento do PIB. O Governo prevê, tanto quanto pude perceber, um crescimento de 4,5%. No orçamento passado, o que estava previsto era 5,4%", referiu Cecília Meireles, no final do encontro com o Governo sobre o OE2022.
Face a essa revisão em baixa, a deputada democrata-cristã defendeu que "são precisos estímulos extra, que não devem passar apenas pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas por uma aposta na iniciativa privada", ou seja, "não deve ser o Estado a decidir, através das suas empresas públicas, onde é que se deve investir".
"É deixar as famílias e as empresas com mais dinheiro nas mãos para elas próprias decidirem onde querem investir. Como é que isso se faz? Através de um alívio no IRS, mas a única coisa que se ouve falar é de engenharia social, e depois também através de um alívio fiscal, que dê mais competitividade às empresas portuguesas", disse.
Cecília Meireles adiantou ainda alguns dados quanto à dívida, sublinhando que têm de ser confirmados junto do Governo. "Para a dívida, creio que estaremos a falar à volta de 125% do PIB, que é uma dívida pública elevada mas que é um efeito da pandemia que importa agora que o Governo consiga corrigir", concretizou.
Divergências nas opções políticas
O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, acrescentou ainda que "existem divergências de opção política, que naturalmente são conhecidas, e que não se alterarão neste debate orçamental".
"Mesmo considerando as circunstâncias da pandemia, os dados que nos são dados em relação ao cenário macroeconómico estão abaixo daquilo que eram as expectativas do Governo, incluindo numa fase inicial. Há ainda uma divergência sobre o que deve ser o motor da recuperação da economia: o público ou o privado e as empresas", frisou.
Telmo Correia admite, no entanto, que há iniciativas na proposta do Governo para o OE2022 que parecem "interessantes" ao CDS-PP, nomeadamente os incentivos no que toca aos desafios da demografia e natalidade. "É algo que nos parece interessante discutir, mas ainda não conhecemos no detalhe", concluiu.