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Leão não compreende como é que o OE "poderá não ser aprovado"
Depois de entregar a proposta de Orçamento do Estado para 2021 no Parlamento, o ministro das Finanças afiança ter como grande objetivo a "recuperação da economia, a proteção do emprego e do rendimento dos portugueses". Quanto à aprovação, João Leão diz não perceber como pode não ser viabilizado.
"É um orçamento bom para Portugal e para os portugueses", começou por dizer João Leão numa curta declaração feita logo depois de ter entregado a proposta orçamental para 2021 ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
Sem se alongar sobre medidas, até porque a apresentação das linhas gerais do orçamento será feita esta terça-feira a partir das 9:00, o ministro das Finanças defendeu tratar-se de um documento que tem como primeira prioridade "dar meios financeiros e humanos para o combate à pandemia". Mas que pretende também promover a "recuperação da economia, a proteção do emprego e do rendimento dos portugueses".
"É um orçamento sem austeridade, que não acrescenta crise à crise, antes pelo contrário, aposta na recuperação rápida da economia", acrescentou.
Num dia em que o Bloco de Esquerda mostrou insatisfação pelas insuficiências da proposta governamental, que acusou de fechar unilateralmente as negociações, e em que admitiu não contribuir para a respetiva viabilização, o ministro garantiu que, da parte do Governo, continua a existir vontade para dialogar.
"Hoje, amanhã e nos próximos dias vamos continuar a perceber que é um orçamento bom para os portugueses, bom para Portugal e, neste contexto, é difícil perceber como é que este orçamento, com abertura e disponibilidade negocial, poderá não ser aprovado", sustentou mostrando-se, ainda assim, convicto de que "este orçamento será aprovado".
Pouco antes desta declaração feita no Parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, recorreu às redes sociais para dramatizar a necessidade de aprovação deste orçamento num contexto de crise devido à covid-19.
"Este é sempre um momento importante, mas este ano, pela situação que atravessamos, ainda mais. Assinei o Orçamento do Estado para 2021 num ano em que o covid-19 mudou profundamente as nossas vidas", escreveu.