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Estado encaixa 11 mil euros com aquisição potestativa de ações da Brisa
As 3.422 ações representativas do capital social da Brisa que o Estado detinha foram objeto de aquisição potestativa por parte da maior acionista da concessionária.
O Estado deixou de ter participação na Brisa no âmbito da aquisição potestativa das ações que estavam nas mãos de minoritários decidida no final do ano passado pelos grandes acionistas da concessionária.
No relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024, entregue terça-feira na Assembleia da República, o Governo refere que "no primeiro semestre de 2023, deixou de fazer parte da carteira acessória a participação correspondente a 3.422 ações representativas do capital social da Brisa — Autoestradas de Portugal, S.A., objeto de aquisição potestativa por parte da Rubicone BidCo", adiantando que a compra foi feita pelo valor de 11.361 euros.
Em dezembro do ano passado os acionistas maioritários que controlavam 97,85% do capital da Brisa decidiram avançar com a aquisição potestativa das ações que eram detidas por cerca de 14.800 pequenos investidores, que representavam cerca de 2,15% do capital do grupo liderado por António Pires de Lima.
O preço fixado na operação feita através da sociedade Rubicone BidCo foi de 3,32 euros por ação, tendo no total esta compra aos minoritários exigido mais de 39,5 milhões de euros.
Os acionistas maioritários da Brisa – o consórcio formado pela APG Asset Management, pelo Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia e pela Swiss Life Asset Managers, e a José de Mello Investimentos – explicaram na altura a operação com o facto de "um número relevante de acionistas minoritários ter dado conta do seu interesse, no decurso dos últimos anos, em vender as ações da Brisa de que são titulares".
A Rubicone tornou-se assim detentora da totalidade das ações da Brisa, empresa que deixou de estar em bolsa em 2013.