Notícia
Contas enganadas, um OE enganador e "os portugueses que não se enganem"
O debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2021 tem sido marcado pelo tema da saúde. BE e Governo continuam a esgrimir números, sem se entender.
Entre o BE e o Governo discutem-se enganos: os bloquistas dizem que o Orçamento quer enganar, o ministro das Finanças assegura que o BE se enganou nas contas e a ministra da Saúde, que tutela a área que está no centro da polémica, pede aos portugueses que não se enganem. O debate de generalidade do Orçamento do Estado para 2021 prossegue esta quarta-feira na Assembleia da República
"O BE enganou-se nas contas", defendeu João Leão, a meio da manhã, quando revisitou os números sobre a saúde trazidos pelos bloquistas. Onde o BE não vê reforço relevante nas verbas inscritas no Orçamento do Serviço Nacional de Saúde, o ministro das Finanças encontra mais 1.200 milhões de euros. Já passaram vários dias desde o início da apreciação parlamentar do OE, mas de um lado e do outro da barricada, Governo e bloquistas continuam a acenar com os mesmos números e as mesmas divergências nas contas.
Parecendo dar um passo em frente, Pedro Filipe Soares, deputado bloquista, recentrou a discussão. Mas não dispensou os enganos: "Engana-se quem considera que é uma guerra, da mesma forma que está enganado quem acha que são questões de pormenor", garantiu. "Estão em causa visões diferentes sobre a resposta que devemos dar às pessoas na maior crise das nossas vidas", frisou.
E é por isso que, para os bloquistas, "este é um orçamento enganador". Porque parece que defende o SNS, que se preocupa com quem trabalha ou que defende o Estado "do saque financeiro" para o Novo Banco, mas na verdade não garante os meios nem os profissionais para fazer frente à pandemia, mantém as regras da troika nas relações laborais e continua a ter a porta aberta ao fundo Lone Star, argumentou Pedro Filipe Soares.
Marta Temido, ministra da Saúde, subiu esta manhã ao palanque para participar pela primeira vez no debate de generalidade que tem sido marcado pelas capacidades do SNS. "Os portugueses que não se enganem", pediu. "Num tempo em que todos os dias o SNS é posto à prova, os que escolhem votar contra este orçamento fazem-no por uma de duas razões: ou porque há muito procuram outro modelo de saúde, ou porque decidiram desistir de melhorar o nosso sistema de saúde."
E depois do pedido, voltou aos mesmos números da discórdia e o debate regressou ao início, com números diferentes de um lado e de outro e sem qualquer vislumbre de entendimento.
"O BE enganou-se nas contas", defendeu João Leão, a meio da manhã, quando revisitou os números sobre a saúde trazidos pelos bloquistas. Onde o BE não vê reforço relevante nas verbas inscritas no Orçamento do Serviço Nacional de Saúde, o ministro das Finanças encontra mais 1.200 milhões de euros. Já passaram vários dias desde o início da apreciação parlamentar do OE, mas de um lado e do outro da barricada, Governo e bloquistas continuam a acenar com os mesmos números e as mesmas divergências nas contas.
E é por isso que, para os bloquistas, "este é um orçamento enganador". Porque parece que defende o SNS, que se preocupa com quem trabalha ou que defende o Estado "do saque financeiro" para o Novo Banco, mas na verdade não garante os meios nem os profissionais para fazer frente à pandemia, mantém as regras da troika nas relações laborais e continua a ter a porta aberta ao fundo Lone Star, argumentou Pedro Filipe Soares.
Marta Temido, ministra da Saúde, subiu esta manhã ao palanque para participar pela primeira vez no debate de generalidade que tem sido marcado pelas capacidades do SNS. "Os portugueses que não se enganem", pediu. "Num tempo em que todos os dias o SNS é posto à prova, os que escolhem votar contra este orçamento fazem-no por uma de duas razões: ou porque há muito procuram outro modelo de saúde, ou porque decidiram desistir de melhorar o nosso sistema de saúde."
E depois do pedido, voltou aos mesmos números da discórdia e o debate regressou ao início, com números diferentes de um lado e de outro e sem qualquer vislumbre de entendimento.