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PSD diz que "Orçamento pesca votos à linha", CDS chama-lhe "Orçamento oculto"

A oposição de direita acusa o Governo de apresentar um Orçamento que nem responde aos problemas estruturais, nem à emergência colocada pela pandemia.

28 de Outubro de 2020 às 12:09
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Um Orçamento "para pescar votos à linha" ou um "Orçamento oculto" – para a direita parlamentar o Orçamento do Estado para 2021 não responde nem às questões estruturais do país, nem à emergência da pandemia. O debate de generalidade continua esta quarta-feira na Assembleia da República, já com aprovação garantida nesta primeira fase.

"Este é um orçamento strogonoff para ter o apoio dos camaradas do PCP, mas vegan para ter o apoio do PAN", criticou o deputado social-democrata, Duarte Pacheco, no debate desta quarta-feira. "Este prato especial que nos trouxe é tão especial que ninguém consegue com justiça perceber o que ele contém", somou o deputado.

Duarte Pacheco pegou na análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para acusar o OE 2021 de falta de transparência, de ter "dados misturados entre medidas novas e do passado" e de trazer "um rol de anúncios não cumpridos no passado." O social-democrata notou que o Orçamento em debate já está a ser modificado com novas promessas de medidas e que por isso o défice que acabou de ser anunciado pelo ministro das Finanças já não corresponde ao que se deverá verificar.

Depois, argumentou que nem responde aos problemas estruturais, nem à emergência colocada pela pandemia, porque "não tem nada para apoiar as empresas" nem "medidas concretas" para as consultas adiadas ou para as listas de espera na saúde. "O que nos traz é uma mão cheia de nada. Só tem um objetivo: pescar votos à linha e preservar o poder", rematou.

Já Cecília Meireles, deputada do CDS-PP chamou-lhe "Orçamento oculto" por não permitir perceber questões "tão simples" como o impacto estimado das medidas de reposta à Covid-19 este ano, e em 2020.

Na resposta, o ministro das Finanças João Leão acusou o PSD de querer ao mesmo tempo cortar na despesa e dar mais apoios às empresas e lembrou que haverá mais quatro mil milhões de euros a fundo perdido no Programa de Recuperação e Resiliência. Depois, reafirmou que há um reforço de mais de três mil milhões de euros para a proteção social e a saúde e que só a medida do layoff tem prevista uma menor execução no próximo ano, porque não se espera uma paragem tão grande durante três meses, como aconteceu este ano.

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