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Centeno garante que não será necessário orçamento rectificativo

"Acho natural que sinta falta de [orçamentos] rectificativos porque, de facto, toma-se-lhe o gosto... Tal não vai ser necessário neste ano orçamental", disse o ministro das Finanças, dirigindo-se ao social-democrata Duarte Pacheco.

Miguel Baltazar
27 de Abril de 2016 às 18:25
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O ministro das Finanças garantiu esta quarta-feira, 27 de Abril, que não serão necessários Orçamentos do Estado retificativos este ano, em resposta a críticas do PSD de o executivo estar a praticar o "fingimento" com o seu Programa de Estabilidade.

"A ode às duas décimas [diferença entre previsões de várias instituições e as do Governo] que faz, são as duas décimas que o país cresceu no final do ano passado. São cenários macroeconómicos associados a propostas. Obviamente, o Governo acredita e vai cumprir", afirmou Mário Centeno, terminando com ironia: "Também acho natural que sinta falta de [orçamentos] rectificativos porque, de facto, toma-se-lhe o gosto... Tal não vai ser necessário neste ano orçamental", disse, dirigindo-se ao social-democrata Duarte Pacheco.

No debate parlamentar dedicado àquele documento e ao Programa Nacional de Reformas, o deputado do PSD afirmara que o responsável pela tutela "já meteu o programa económico que apresentou aos portugueses", estando a "fingir que tem apoio parlamentar" junto de Bruxelas, onde deverão chegar aquelas previsões ainda em Abril.

"Se não estivesse na pele de ministro, duvido que apresentasse essas previsões...", calculou o parlamentar social-democrata, dirigindo-se a Mário Centeno, acusando-o de "fugir à responsabilidade de ter de alterar as metas" e introduzir medidas de correcção adicionais - "afinal, o número é para Bruxelas ou para ser real?", perguntou ainda, frisando que os restantes partidos à esquerda não apoiam o Programa de Estabilidade do Governo.

O ministro das Finanças, em tom jocoso, dissera que "nunca lhe passaria pela cabeça [a Duarte Pacheco] escrever um documento destes", com uma "análise muito séria" dos "desenvolvimentos orçamentais e macroeconómicos".

Entretanto, o comunista Paulo Sá referiu que os documentos em causa "são parte integrante do plano de ingerência [de Bruxelas] para controlo orçamental dos estados-membros".

"Pretendem impor a política de exploração e empobrecimento dos últimos anos. PCP defende a ruptura com esses constrangimentos e imposições", defendeu, lamentando que o Governo e o PS procurem "compatibilizar os condicionalismos com a devolução de rendimentos".
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