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Pedro Marques: não existe qualquer "plano secreto" enviado para Bruxelas
O ministro do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques, garantiu hoje que o Governo não elaborou nenhum plano de contingência, mas um documento de esclarecimentos técnicos sobre os cenários previstos no Programa de Estabilidade (PE).
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"Não há nenhum plano de contingência nem nenhum plano secreto. Há, como todos os anos existem, esclarecimentos à UTAO e ao CFP e, certamente, a Bruxelas. É tão secreto quanto o senhor ministro das Finanças ainda na quarta-feira se referiu no parlamento, não tem secretismo nenhum, são esclarecimentos técnicos que sempre se prestam sobre documentos desta natureza e não tem nenhuma lógica de planos de contingência", garantiu Pedro Marques.
O ministro, que falava aos jornalistas no final de uma reunião em sede de concertação social, destinada a discutir os programas Nacional de Reformas e de Estabilidade com os parceiros sociais, assegurou que o Governo não preparou qualquer plano B e que apenas enviou "esclarecimentos técnicos" à Unidade de Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), ao Conselho de Finanças Públicas (CFP) e a Bruxelas, que os solicitaram.
Perante a insistência dos jornalistas sobre esta matéria, o governante repetiu que "não são medidas adicionais de orçamento nenhum, são esclarecimentos técnicos sobre os cenários previstos no PE [...], não tem nada a ver com medidas adicionais para 2016".
Na quarta-feira, no parlamento, o ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu que não serão necessários Orçamentos do Estado rectificativos este ano, em resposta a críticas do PSD, que acusou o executivo de estar a praticar o "fingimento" com o seu Programa de Estabilidade.
À noite, em entrevista à RTP, Mário Centeno insistiu que "o plano B do Governo é executar o plano A", afastando a ideia de que o executivo terá preparado algum plano de contingência conhecido por Bruxelas que poderia ser aplicado caso o Programa de Estabilidade ficasse aquém do exigido pelas instâncias europeias.