Notícia
CDS acusa Governo de "reciclar estratégia de grandes obras"
Segundo Cecília Meireles, "o Orçamento fica-se, na prática, pela distribuição de subsídios e por sinais absolutamente contraditórios e erráticos entre as necessidades de incentivar a economia e de conter a pandemia".
28 de Outubro de 2020 às 18:17
A deputada do CDS-PP Cecília Meireles acusou hoje o Governo de "reciclar uma estratégia de grandes obras" públicas com o Orçamento do Estado para 2021, que classificou como um documento "trapalhão, incoerente e de vistas curtas".
"Quando o país precisava de responsabilidade, de coerência e de visão, a geringonça, ou o que dela ainda resta, ofereceu um Orçamento trapalhão, incoerente e de vistas curtas", declarou a deputada do CDS-PP, numa intervenção na parte final do debate do Orçamento do Estado para 2021 na generalidade, na Assembleia da República.
Segundo Cecília Meireles, "o Orçamento fica-se, na prática, pela distribuição de subsídios e por sinais absolutamente contraditórios e erráticos entre as necessidades de incentivar a economia e de conter a pandemia".
"A única estratégia real de investimento que se descortina no meio de tudo isto é muito simples, mas nada nova, senhor primeiro-ministro: gastar dinheiro em obras públicas. Mais nada", acrescentou a deputada do CDS-PP, dirigindo-se para António Costa.
"O que se está a preparar é exatamente isto: reciclar uma estratégia de grandes obras que dificilmente resistirão ao teste do tempo", reforçou.
Cecília Meireles justificou também o voto contra do seu partido em relação à proposta do Governo com a política no setor da saúde de resposta à covid-19, defendendo que deveria haver um maior recurso aos privados.
A deputada do CDS-PP considerou que no atual contexto de pandemia este é "um Orçamento de enorme insensibilidade social", referindo que "em julho, havia já quase menos um milhão de consultas - contando presenciais e não presenciais - e menos 99.000 cirurgias".
"A alternativa aqui é muito clara: deixar os doentes à espera, ou aproveitar a capacidade para os tratar que já existe nos setores solidário e privado. A escolha da geringonça é também ela, infelizmente, clara: deixam, sim, os doentes à espera, e em troca preservam os seus preconceitos. As consequências são de vida e são de morte para quem precisa. Não conheço maior insensibilidade social e até humanitária do que esta", afirmou.
Em matéria de política fiscal, Cecília Meireles voltou a criticar o Governo por não reduzir o IRS em 200 milhões de euros, "uma promessa que o PS escolheu não cumprir, e que os parceiros escolheram esquecer", e por optar por um "um desconto fiscal às famílias que possam escolher gastar o seu dinheiro em restaurantes, hotéis e cultura", medida que qualificou de "absolutamente incoerente" com a preocupação de conter a covid-19.
A deputada do CDS-PP contestou que se permita "ter um fim de semana de Fórmula 1 com um ajuntamento de milhares e milhares de pessoas" quando depois, "no fim de semana a seguir, todas as pessoas são proibidas de se deslocarem nem que seja ao concelho do lado para honrarem os seus mortos".
De acordo com Cecília Meireles, o Governo mostra "falta de preparação e a falta de bom senso" e "parece apostado numa política de sinais e abanões completamente errática e infantilizadora dos cidadãos" que irá ter "consequências desastrosas simultaneamente para a saúde e para a economia".
"Quando o país precisava de responsabilidade, de coerência e de visão, a geringonça, ou o que dela ainda resta, ofereceu um Orçamento trapalhão, incoerente e de vistas curtas", declarou a deputada do CDS-PP, numa intervenção na parte final do debate do Orçamento do Estado para 2021 na generalidade, na Assembleia da República.
"A única estratégia real de investimento que se descortina no meio de tudo isto é muito simples, mas nada nova, senhor primeiro-ministro: gastar dinheiro em obras públicas. Mais nada", acrescentou a deputada do CDS-PP, dirigindo-se para António Costa.
"O que se está a preparar é exatamente isto: reciclar uma estratégia de grandes obras que dificilmente resistirão ao teste do tempo", reforçou.
Cecília Meireles justificou também o voto contra do seu partido em relação à proposta do Governo com a política no setor da saúde de resposta à covid-19, defendendo que deveria haver um maior recurso aos privados.
A deputada do CDS-PP considerou que no atual contexto de pandemia este é "um Orçamento de enorme insensibilidade social", referindo que "em julho, havia já quase menos um milhão de consultas - contando presenciais e não presenciais - e menos 99.000 cirurgias".
"A alternativa aqui é muito clara: deixar os doentes à espera, ou aproveitar a capacidade para os tratar que já existe nos setores solidário e privado. A escolha da geringonça é também ela, infelizmente, clara: deixam, sim, os doentes à espera, e em troca preservam os seus preconceitos. As consequências são de vida e são de morte para quem precisa. Não conheço maior insensibilidade social e até humanitária do que esta", afirmou.
Em matéria de política fiscal, Cecília Meireles voltou a criticar o Governo por não reduzir o IRS em 200 milhões de euros, "uma promessa que o PS escolheu não cumprir, e que os parceiros escolheram esquecer", e por optar por um "um desconto fiscal às famílias que possam escolher gastar o seu dinheiro em restaurantes, hotéis e cultura", medida que qualificou de "absolutamente incoerente" com a preocupação de conter a covid-19.
A deputada do CDS-PP contestou que se permita "ter um fim de semana de Fórmula 1 com um ajuntamento de milhares e milhares de pessoas" quando depois, "no fim de semana a seguir, todas as pessoas são proibidas de se deslocarem nem que seja ao concelho do lado para honrarem os seus mortos".
De acordo com Cecília Meireles, o Governo mostra "falta de preparação e a falta de bom senso" e "parece apostado numa política de sinais e abanões completamente errática e infantilizadora dos cidadãos" que irá ter "consequências desastrosas simultaneamente para a saúde e para a economia".