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BE diz que negociações do OE “ainda estão muito longe de ter algum sucesso”

À saída da reunião marcada para o Governo apresentar as linhas gerais do orçamento aos partidos, o líder parlamentar do BE diz que as negociações "ainda estão muito longe de ter algum sucesso".

O ano para recuperar os direitos das garras da precariedade e libertar o código de trabalho da herança da austeridade deixada pela troika. Momento para finalmente vencermos o combate pela reestruturação da dívida pública e abrirmos a porta a investimento público gerador de emprego, crescimento e riqueza.
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As negociações com o Bloco de Esquerda para a viabilização do orçamento do Estado "ainda estão muito longe de ter algum sucesso", afirmou esta quarta-feira o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, depois de uma reunião com o Governo a propósito das linhas gerais do documento que será apresentado na próxima segunda-feira, dia 11.

"Vemos com dificuldade algumas intransigências do Governo em matérias que já sinalizamos há muito tempo atrás. É certo que como é público e reconhecido pelo Governo as negociações do orçamento foram muito adiadas no tempo mas do ponto de vista do BE as nossas prioridades já estão identificadas há meses", afirmou, nas declarações transmitidas pelas televisões.

Para já, "as negociações ainda estão muito longe de ter algum sucesso", disse, defendendo medidas para "gerações mais jovens", reforço da saúde e da educação, direitos laborais, e reformas "dignidade e respeito". Referiu depois que os sindicatos da Função Pública saíram da primeira ronda de negociações, na segunda-feira, "de mãos a abanar". 

Numa conferência de imprensa que decorreu mais ou menos à mesma hora, Catarina Martins defendeu várias propostas concretas que passam por retirar o corte do fator de sustentabilidade.

O BE propõe que este corte desapareça para quem no passado se reformou antes de 2018 com 60 anos de idade e 40 de descontos, a quem se reformou em profissões de desgaste rápido antes de 2020 (uma vez que nestes dois casos a regra só se aplicou para futuro); ou a quem se reforma com 40 anos ou mais de descontos depois dos 60 anos.

Por outro lado, entre outras propostas, o partido defende que por cada ano além dos 40 de descontos, a idade da reforma, chamada "idade pessoal", possa ser reduzida em um ano (e não quatro meses).

"Não temos todo o tempo do mundo mas temos ainda algum tempo para que o Governo possa rever as suas posições", disse Pedro Filipe Soares.

O líder parlamentar diz que estão marcadas reuniões com o Governo "para as próximas semanas".

Notícia atualizada às 10:53 com algumas das propostas na área das pensões.

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