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"Swaps" já começaram a chegar ao défice

A empresa Metro do Porto pagou em Maio 137 milhões de euros ao Santander em resultado do acordo alcançado entre o Estado e o banco de Vieira Monteiro no início desse mês. Este valor representa 26% da dívida vencida.

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A empresa de transportes Metro do Porto pagou 136,5 milhões de euros em Maio ao banco Santander em resultado do acordo alcançado no início do mês sobre os contratos de "swaps". Este é o primeiro pagamento de um valor total de 530 milhões de euros que as empresas públicas vão pagar ao banco e marca o primeiro momento em que os custos dos "swaps" chegam às contas do Estado.

"O aumento da despesa com juros e outros encargos (+2,7%) decorreu sobretudo do pagamento do montante de 136,5 milhões de euros pela Metro do Porto ao Banco Santander Totta, S.A., no âmbito do acordo estabelecido entre as empresas públicas de transporte, a República Portuguesa e aquela instituição de crédito em matéria de contratos de permuta financeira", lê-se no boletim de execução orçamental referente a Maio publicado segunda-feira pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).

A DGO não refere qualquer outro pagamento, mas entre as empresas públicas, o Estado e o Santander ficou acertado o pagamento de 530 milhões de euros já vencidos. 

Além disso, o Estado assumiu também o pagamento de 1.119 milhões de euros referentes ao valor dos contratos que ainda estão vivos (um número que poderá variar ao longo dos anos).

O acordo prevê que o Santander empreste ao Estado 2.300 milhões de euros a 15 anos com uma taxa de juro que rondará os 2,9%, uma solução que permitirá ao Estado pagar os contratos à medida das necessidades. 

A 4 de Maio, o Ministério das Finanças anunciou que o Santander Totta desistiu de uma acção com pedido de indemnização instaurada nos tribunais portugueses, em 2013, contra o Estado Português e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, tendo como contrapartida a manutenção da validade dos contratos. 

A justiça inglesa tinha dado razão por duas vezes ao banco liderado por Vieira Monteiro.
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