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Receita com impostos desacelera, mas continua acima do orçamentado
A receita fiscal do Estado cresceu 3,8% entre Janeiro e Julho deste ano. Um ritmo um pouco inferior ao observado até Junho, mas acima daquilo que estava previsto no orçamento.
"Entre Janeiro e Julho de 2014 a receita fiscal líquida acumulada do Estado ascendeu a 19.898,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 735,1 milhões de euros face ao montante cobrado em igual período de 2013", pode ler-se na síntese de execução orçamental, publicada hoje, 25 de Agosto, pela Direcção Geral do Orçamento (DGO). "Este crescimento corresponde a um aumento de 3,8%, em termos homólogos, e supera o objectivo inscrito no Orçamento do Estado para 2014."
Esta variação é justificada pela variação registada tanto nos impostos directos como indirectos. No entanto, enquanto os primeiros desaceleraram face ao mês anterior (3,1%), os segundos aceleraram (4,4%). No total, a receita com impostos estava a crescer 4,3% até Junho. Contabilizado Julho, a variação acumulada deste ano fica nos 3,8%. Um abrandamento que, contudo, continua acima daquilo que foi estimado pelo Governo no Orçamento do Estado para 2014.
Olhando para cada uma das rubricas da receita fiscal do Estado, o IRS está a crescer 6,1% face ao período homólogo, enquanto o IRC tem uma contracção de -9,1%. A maior variação percentual continua a pertencer ao imposto sobre veículos que avança 38,4%, beneficiando do aumento significativo da compra de automóveis desde o arranque do ano. Já o IVA – imposto que mais contribui para a receita – cresce 5,5% até Julho.