Notícia
PS recusa "avisos sérios" de Schäuble e diz-se "perplexo"
João Galamba desafiou o ministro alemão a "explicar" as suas críticas ao adiamento, por Bruxelas, da aplicação de sanções pelo não cumprimento das regras em matéria de défice: "Schäuble não faz avisos sérios a países, nenhum ministro faz avisos sérios a qualquer país".
25 de Maio de 2016 às 19:04
O porta-voz do PS, João Galamba, recusou esta quarta-feira, 25 de Maio, que o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, faça avisos a Portugal ou a qualquer outro país, e desafiou-o a explicar melhor as suas afirmações.
"Wolfgang Schäuble não faz avisos sérios a países, nem nenhum ministro faz avisos sérios a qualquer país. Existem instituições europeias e são essas que decidem", afirmou João Galamba aos jornalistas, no parlamento, depois de questionado sobre se as declarações do ministro alemão constituíam um aviso sério a Portugal.
De acordo com vários órgãos de informação, que citam a agência Bloomberg, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, manifestou-se hoje contra o adiamento de sanções a Espanha e Portugal, considerando que aliviar as regras não ajuda a aumentar a confiança.
"Acho estranho que Wolfgang Schauble diga isso, porque lembro-me de Wolfgang Schäuble em Outubro dizer que este Governo não se podia desviar do caminho de sucesso do anterior. É com alguma estranheza e perplexidade que um ministro das Finanças diz uma coisa e o seu contrário com poucos meses de distância", afirmou João Galamba.
O porta-voz socialista desafiou Schäuble a "explicar essas afirmações".
"O caminho do qual não nos podíamos desviar aparentemente é agora um caminho com o qual Wolfgang Schäuble quer multar Portugal", disse.
O presidente do Eurogrupo e o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro admitiram hoje, em Bruxelas, que há "algumas preocupações" entre certos Estados-membros relativamente ao adiamento de sanções a Espanha e Portugal devido ao défice excessivo.
Na conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), o presidente do Eurogrupo e também do Ecofin durante o semestre de presidência holandesa, Jeroen Dijsselbloem, questionado sobre críticas alegadamente proferidas pelo ministro das Finanças alemão durante a reunião de hoje relativamente à decisão da Comissão de adiar uma decisão sobre sanções aos dois países, escusou-se a "dizer quem disse o quê", mas admitiu que "há algumas preocupações".
"Houve uma referência à recente decisão da Comissão sobre Espanha e Portugal logo na nossa sessão da manhã (do Ecofin). Claro que não vou citar ministros, já que tal ocorreu durante o pequeno-almoço, na sessão informal, pelo que não me sinto à vontade de dizer quem disse o quê. Mas há algumas preocupações quanto à credibilidade de como usamos o pacto (de estabilidade e crescimento) para manter todos os Estados-membros no caminho acordado", declarou.
Jeroen Dijsselbloem - que também na véspera, à chegada à reunião do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro), afirmara que a aplicação de sanções a Portugal por défice excessivo é uma "possibilidade séria devido à situação atual do país" e queria ouvir da Comissão a explicação para o adiamento de uma decisão - lembrou que o assunto dos Procedimentos por Défice Excessivo (PDE) estará sobre a mesa na próxima reunião do Ecofin, em Junho, podendo então pronunciar-se.
"Wolfgang Schäuble não faz avisos sérios a países, nem nenhum ministro faz avisos sérios a qualquer país. Existem instituições europeias e são essas que decidem", afirmou João Galamba aos jornalistas, no parlamento, depois de questionado sobre se as declarações do ministro alemão constituíam um aviso sério a Portugal.
"Acho estranho que Wolfgang Schauble diga isso, porque lembro-me de Wolfgang Schäuble em Outubro dizer que este Governo não se podia desviar do caminho de sucesso do anterior. É com alguma estranheza e perplexidade que um ministro das Finanças diz uma coisa e o seu contrário com poucos meses de distância", afirmou João Galamba.
O porta-voz socialista desafiou Schäuble a "explicar essas afirmações".
"O caminho do qual não nos podíamos desviar aparentemente é agora um caminho com o qual Wolfgang Schäuble quer multar Portugal", disse.
O presidente do Eurogrupo e o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro admitiram hoje, em Bruxelas, que há "algumas preocupações" entre certos Estados-membros relativamente ao adiamento de sanções a Espanha e Portugal devido ao défice excessivo.
Na conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), o presidente do Eurogrupo e também do Ecofin durante o semestre de presidência holandesa, Jeroen Dijsselbloem, questionado sobre críticas alegadamente proferidas pelo ministro das Finanças alemão durante a reunião de hoje relativamente à decisão da Comissão de adiar uma decisão sobre sanções aos dois países, escusou-se a "dizer quem disse o quê", mas admitiu que "há algumas preocupações".
"Houve uma referência à recente decisão da Comissão sobre Espanha e Portugal logo na nossa sessão da manhã (do Ecofin). Claro que não vou citar ministros, já que tal ocorreu durante o pequeno-almoço, na sessão informal, pelo que não me sinto à vontade de dizer quem disse o quê. Mas há algumas preocupações quanto à credibilidade de como usamos o pacto (de estabilidade e crescimento) para manter todos os Estados-membros no caminho acordado", declarou.
Jeroen Dijsselbloem - que também na véspera, à chegada à reunião do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro), afirmara que a aplicação de sanções a Portugal por défice excessivo é uma "possibilidade séria devido à situação atual do país" e queria ouvir da Comissão a explicação para o adiamento de uma decisão - lembrou que o assunto dos Procedimentos por Défice Excessivo (PDE) estará sobre a mesa na próxima reunião do Ecofin, em Junho, podendo então pronunciar-se.