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“Prognósticos só depois do jogo”, diz PCP sobre votação no Orçamento
Os comunistas recusam abrir o jogo acerca do sentido de voto para o Orçamento do Estado 2021.
O deputado João Oliveira recusa avançar se o PCP vai ou não viabilizar o documento que será apresentado na Assembleia da República já no próximo dia 12 (segunda-feira). Antes de se pronunciarem, os comunistas querem conhecer na íntegra a proposta para o Orçamento do Estado de 2021.
À saída da reunião com o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, onde foram dadas a conhecer as linhas gerais do documento, o PCP disse esperar que o governo tenha em conta o "conjunto de medidas muito alargado" apresentado pelo partido liderado por Jerónimo de Sousa e que vão no sentido de "valorizar os direitos dos trabalhadores", "aumentar os salários dos trabalhadores", melhorar "creches, o abono de família, os serviços públicos e a situação dos próprios profissionais que constroem os serviços públicos".
De recordar que, este domingo, o comentador televisivo Marques Mendes avançou no Jornal da Noite da SIC que o PCP se prepara para viabilizar o Orçamento do Estado 2021, abstendo-se na votação. Ainda assim, o deputado João Oliveira diz que é preciso esperar para ficar a conhecer o sentido de voto do PCP, acrescentando que só faz "prognósticos depois do jogo".
Questionado sobre se as previsões de um défice acima de 7%, este ano, e de cerca de 4%, no próximo ano, baralham as ambições do PCP para o Orçamento do Estado, João Oliveira responde que o que importa é arranjar soluções para os problemas do país, mesmo que isso implique um rombo nas contas públicas maior do que o esperado.