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Novo hospital da Madeira será comparticipado em 50% pelo Governo da República

O primeiro-ministro confirmou esta segunda-feira que o Governo da República vai comparticipar metade da construção do novo hospital da Madeira e respectivos equipamentos, estando reunidas as condições para o concurso ser lançado ainda este ano.

Homem de Gouveia/Lusa
21 de Maio de 2018 às 22:01
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"Confirmamos aquilo que já tínhamos anteriormente acordado quanto a comparticipação da República na construção do hospital. É fundamental trabalharmos em conjunto para que este projecto possa ser classificado como de 'Interesse Comum'", disse António Costa após uma reunião com o presidente do Governo da Madeira, na Quinta Vigia.

 

O chefe do Governo adiantou que esta situação vem "permitir ao Estado fazer aquilo que é correto, que é pagar em 50% as despesas com a construção e equipamento" do novo hospital, adiantando que o "cronograma apresentado pela região prevê um custo total de 314 milhões de euros".

 

O governante vincou que este projecto "será pago e começará a ser inscrito no Orçamento do Estado a partir de 2019, mas criando as condições para que ainda este ano possa ser lançado o concurso público internacional"

 

O custo inicial da construção e equipamento do novo hospital estava estimado em 340 milhões de euros, explicando António Costa que o valor baixou para 314 milhões de euros devido a uma boa negociação com os encargos com as expropriações.

 

"Temos agora um cronograma concreto que fixa o calendário do pagamento das prestações para o apoio, o co-financiamento à construção e equipamento", declarou, esclarecendo que os executivos têm trabalhado em conjunto para seja revista a posição da entidade competente que deu um parecer negativo a que este fosse considerado um Projecto de Interesse Comum.

 

Numa conferência de imprensa conjunta, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque (na foto, com António Costa), complementou, dizendo que a Madeira "está em condições de abrir este concurso internacional logo a seguir ao Verão", destacando que esta foi uma "reunião de trabalho aberta e fraca" e os responsáveis dos dois executivos "vão continuar a trabalhar no sentido de resolver as questões e os interesses fundamentais da região".

 

António Costa mencionou que outras das questões abordadas neste encontro foi a dívida da Madeira à República [1.500 milhões de euros], apontando que se registou "um avanço" no sentido de "conseguir fazer repercutir em benefício da Região Autónoma a redução da taxa de juro que a República tem beneficiado, de forma a que a Madeira não tenha de pagar mais do que a República vai pagando aos seus credores".

 

O governante acrescentou ser necessário "aprofundar agora qual é a modalidade técnica adequada para que esta repercussão se verifique".

 

O chefe do Governo central realçou que este tema tem de ser "tratado em conjunto, para garantir a continuidade territorial, que é o problema do subsídio de mobilidade".

 

"Creio que é consensual entre todos que o actual modelo beneficia, sobretudo, as transportadoras, sem acrescentar benefício aos residentes e com elevadíssimo custo para o Estado", salientou, mencionando que esta modalidade representou um aumento de 400% naquilo que a República paga, quando apenas se regista um acréscimo de 40% das deslocações dos residentes na Madeira

 

António Costa considerou ser necessário continuar a trabalhar para encontrar "uma solução conjunta" para os temas da dívida da Madeira e do subsídio de mobilidade.

 

Quanto à situação das dívidas dos subsistemas de saúde [PSP, Forças Armadas e GNR] à Madeira, anunciou que "vão ser anuladas as liquidações posteriores a maio de 2016", dado haver um acordo de reciprocidade entre os sistemas nacional e regional de Saúde.

 

Relativamente às verbas anteriores a essa data, ficou acordado "o montante da liquidação, que é cerca de 17 ME, faltando negociar o processo de pagamento".

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