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Medina consegue excedente de 1,2% no primeiro trimestre

Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam para uma capacidade de financiamento das administrações públicas nos primeiros três meses do ano, depois do défice de 0,4% no final de 2022. É a primeira vez que há um excedente num arranque de ano.

Carlos M. Almeida/Lusa
23 de Junho de 2023 às 11:49
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O ministro das Finanças passou a ter um excedente de 1,2% no primeiro trimestre deste ano, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Considerando os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das administrações públicas no primeiro trimestre de 2023 foi positivo em 761,3 milhões de euros, correspondendo a 1,2% do PIB (-0,6% no período homólogo)", refere a autoridade estatística.

"Face ao mesmo período do ano anterior, verificou-se um aumento de 9,3% da receita e de 4,3% da despesa, refletindo sobretudo, no último caso, o forte crescimento com o pagamento de juros", acrescenta. desagregando por componentes da despesa, o INE aponta um aumento de 3,9% da despesa corrente, "em resultado do aumento das prestações sociais pagas (2,6%), das despesas com pessoal (6,5%), tendo os encargos com juros registado um aumento de 22,1% e o consumo intermédio registado de 0,9%."

"Por outro lado, os subsídios registaram uma diminuição de 3,2% e a outra despesa corrente diminuiu 4,8%. A despesa corrente primária, que exclui os juros pagos, aumentou apenas 2,8%", detalha.

Receita em alta

De acordo com o INE, o bom comportamento das contas públicas ficou a dever-se, em boa parte, à arrecadação de receita que cresceu 8,7% com aumentos em todas as suas componentes. "Os impostos sobre o rendimento e património, sobre a produção e importação, as contribuições sociais, as vendas e as outras receitas correntes cresceram 11,7%, 5,7%, 12,2%, 7,5% e 1,4%, respetivamente", indica a autoridade estatística.

Por outro lado, a "evolução positiva da receita fiscal (7,7%) e contributiva (12,2%) evidencia a recuperação da atividade económica, o comportamento do mercado de trabalho, bem como, no caso dos impostos sobre a produção e importação, o crescimento dos preços."

A receita de capital registou um aumento de 70,1% justificado com "a maior utilização de fundos da União Europeia para financiamento de despesa de capital, designadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência."

(Notícia atualizada às 12:40)
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