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Subida do PIB: “Não estamos a fazer de cigarra nesta história”, diz Medina

Ministro das Finanças defende papel do pacote de apoios de 2022 na expansão da economia do primeiro trimestre. Novo apoios anunciados em março vão resultar em saldo “significativamente pior” no segundo trimestre.

Tiago Petinga / Lusa
28 de Junho de 2023 às 14:42
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O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu nesta quarta-feira o papel do Governo nos resultados da economia do primeiro trimestre, sustentando que os apoios mobilizados em 2022  permitiram apoiar consumo privado e também as exportações.

 

"Não estamos a fazer de cigarra nesta história. O Governo tem sido a formiga que trabalha", defendeu, questionado por João Cotrim Figueiredo, deputado da Iniciativa Liberal (IL) sobre os resultados da estratégia económica conduzida até aqui.

 

"Tem louros de coisas que fez bem suficientes para não ficar com os louros de terceiros", atirou o deputado.

 

Medina, contudo, defendeu o impacto dos apoios a famílias e empresas no consumo das famílias, bem como no crescimento da procura externa.

 

"Quando se coloca numa economia 5,7 mil milhões de euros, mais de 2,4% do PIB, isto tem um efeito macroeconómico do ponto de vista da atividade da economia", disse.

 

O ministro defendeu também que  as medidas de apoio à fatura do gás e da eletricidade "apoiaram significativamente a capacidade exportadora da economia portuguesa". "Temos estes resultados do turismo porque temos TAP", atirou ainda na resposta ao deputado da IL.

 

O ministro das Finanças foi também questionado sobre a dimensão da folga orçamental medida pelos resultados do primeiro trimestre, com uma estreia em excedentes no arranque do ano (1,2% do PIB), e com o deputado da IL a antecipar que a receita fiscal poderá neste ano ficar 4.300 milhões de euros acima do previsto. "É bom dizer o que vai fazer com esse excesso de receita fiscal", disse.

 

Fernando Medina não revelou os planos do Governo num momento em que a arranca a preparação do Orçamento dos Estado para 2024, mas avisou que no segundo trimestre as contas públicas deverão apresentar-se "significativamente piores" do que no primeiro trimestre. Será nesse período que começarão a ter impacto as medidas do novo pacote de apoios de resposta à inflação anunciado em março, num valor de 2,4 mil milhões de euros, lembrou.

 

"De uma forma correta e adequada, o Governo tem procedido à despesa que pode efetuar", defendeu também, depois de no início da audição regimental desta quarta-feira ter indicado que o Governo pretende continuar a mobilizar apoios. "Assim continuaremos", assegurou.

 

Mas, mais uma vez, o ministro insistiu também na necessidade de ganhar margem orçamental para momentos piores e reduzir o défice e a dívida. "É nos tempos em que a economia cresce mais, como em 2022 e – felizmente, tudo o perspetiva – em 2023, que temos de fazer as medidas corretas do ponto de vista da condução da política orçamental para podermos ter a margem para lidar com eventualidades que não prevemos no horizonte".

 

 

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