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Governo vê PIB mais modesto na legislatura. Cresce abaixo de 2%

Nas previsões de médio prazo enviadas as Bruxelas, o Governo espera um crescimento médio do PIB de 1,9% abaixo do que foi a promessa do programa eleitoral que apontava para valores a rondar os 3%.

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O Governo prevê que o produto interno bruto (PIB) cresça, em média, 1,9% entre 2025 e 2028, de acordo com as previsões de médio prazo enviadas para a Comissão Europeia, no âmbito das novas regras orçamentais comunitárias.

Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo aponta para crescimentos reais ligeiramente acima de 2% no próximo ano e em 2026, mas nos dois anos seguintes, desce abaixo desse patamar, atingindo em 2027 o valor mais baixo do horizonte de projeção: 1,8%.

Os valores agora apresentados a Bruxelas, contrastam com as projeções prometidas pela Aliança Democrática no programa eleitoral de março que apontavam para crescimentos a rondar os 3%. Essa projeção foi revista em baixa no Programa de Estabilidade em Abril, mas o Governo argumentava que não estavam ainda contempladas medidas de política económica, como a redução da taxa de IRC e o alívio no IRS, entre outras iniciativas que aumentariam a produtividade e competitividade da economia nacional.

Os quadros enviados a Bruxelas detalham a forma como o Executivo construiu o cenário macroeconómico de médio prazo. O investimento será o grande motor do crescimento até 2026, muito por efeito da bazuca europeia, mas depois volta a ser o consumo das famílias a puxar pela atividade.

De acordo com os dados agora divulgados, o Ministério das Finanças refere que "em 2025 a economia portuguesa deverá acelerar, refletindo o impacto de medidas de política e a aceleração na execução dos projetos do PRR, bem como desenvolvimentos externos mais favoráveis e um alívio gradual das condições monetárias e financeiras."

A procura externa de bens deverá "recuperar (de -0,5% em 2023, para 0,9% em 2024 e 2,3%, em média, em 2025-2028)" e "será suportada pela recuperação projetada para a atividade económica na área do euro e pela aceleração do comércio mundial."

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