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Governo tem 211 milhões para protecção civil e incêndios
Cerca de um décimo do orçamento de Segurança Interna destina-se à protecção civil e combate a incêndios. Os 211 milhões de euros previstos para 2017 são o terceiro valor mais baixo dos últimos sete anos.
O Governo destinou 211 milhões de euros para a protecção civil e combate a incêndios no Orçamento do Estado para este ano, o equivalente a 10,1% do Orçamento para Segurança Interna. O valor representa um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior mas é a terceira verba mais baixa dos últimos sete anos.
Os dados constam das propostas de Orçamento do Estado para cada um dos anos e mostram quantos euros têm as apostas dos vários governos desde 2011.
Em sete anos, os governos afectaram verbas que variam entre os 200 e os 250 milhões de euros para a protecção civil e o combate a incêndios.
Em 2011, a verba para protecção civil e combate a incêndios contemplada na proposta de Orçamento do Estado para esse ano foi de 202 milhões de euros.
O ano em que a aposta foi maior foi em 2012 quando a verba destinada ao efeito foi de 250,2 milhões de euros, o equivalente a 12,1% do total do Orçamento para Segurança Interna.
Na apresentação do Orçamento da Segurança Interna para 2017, no Parlamento, a ministra Constança Urbano de Sousa apresentou um documento onde sistematizava as medidas previstas para este ano.
Entre elas estava por exemplo a reparação de dois helicópteros pesados Kamov, "que se encontram inoperacionais desde 2013 e 2015, respectivamente".
Porém, a reparação dos mesmos só deverá acontecer em Outubro ou Novembro, avançou o Expresso na quinta-feira passada. O mesmo jornal citava o Ministério da Administração Interna dizendo que a falta dos dois Kamov não afectaria o combate aos incêndios. No incêndio de Pedrogão Grande, que está activo desde sábado, os meios aéreos tiveram dificuldades em fazer o seu trabalho de apagar fogos devido à falta de visibilidade provocada pelo fogo.
Além desta medida, a ministra falava também de Investir em quartéis de bombeiros, viaturas e equipamentos operacionais dos bombeiros, do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR e da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Elaborar um programa nacional de incentivo à criação de Agrupamentos dos Corpos de Bombeiros Voluntários e rever o estatuto e as carreiras dos Bombeiros Profissionais eram outras das apostas.